PSD denuncia chapa de vereador em CM por suposta candidatura fictícia; presidente nega
O Partido Social Democrático (PSD) de Campo Mourão ingressou com uma ação de investigação judicial eleitoral por suposta fraude à cota de gênero e candidatura fictícia contra a chapa de vereadores do Partido Progressistas (PP), da Coligação “Lado a Lado por Campo Mourão”, encabeçada pelo então candidato a prefeito Rodrigo Salvadori, que é também presidente da sigla.
O PSD denunciou à Justiça Eleitoral que o Partido Progressistas manteve a candidatura fictícia de Sandra Raquel da Silva de Morais para poder atingir a cota de gênero. Salvadori nega a acusação. Veja abaixo o que disse o presidente. De acordo com a denúncia, o partido de Salvadori registrou Sandra ao passo em que ela ‘não fez campanha, não obteve votação expressiva, não realizou gastos, tentou realizar a renúncia da candidatura sem assinatura de próprio punho e sequer compareceu na convenção partidária’. Sandra obteve 9 votos nas Eleições de outubro.
De acordo com a ação, Sandra teria sido utilizada pelo partido como “laranja”, uma vez que a então candidata está morando na Itália há alguns meses, desde antes do início das eleições. “A investigada não fez nenhuma publicação em suas redes sociais pedindo voto, fazendo publicidade de seu número, demonstrando suas propostas”, aponta a denúncia, ao relatar ainda que no processo de prestação de contas eleitorais da então candidata, não houve nenhuma receita ou despesa. Ou seja, a prestação de contas está zerada, o que segundo o PSD ‘demonstra desinteresse no pleito eleitoral’.
“Além disso, não estando no Brasil, Sandra também não abriu conta bancária. Houve a tentativa de renunciar a candidatura em 20 de setembro de 2024, sem a assinatura da candidata, mas tão somente do representante da coligação “Lado a Lado por Campo Mourão” e presidente do partido, Rodrigo Salvadori, o que demonstra, mais uma vez, que a candidata não se encontra no Brasil”, continuou a denúncia.
Na ação, PSD requereu liminar à justiça para impedir a posse dos dois vereadores eleitos pelo PP – Tio Leco e Tião do Karatê. No entanto, o juiz eleitoral, Fabrício Voltaré, indeferiu o pedido de liminar de suspensão da diplomação dos dois vereadores eleitos, cuja cerimônia está marcada para o dia 13 de dezembro, às 9 horas, no Teatro Municipal. Voltaré estipulou ao Partido Progressistas o prazo de cinco dias para se manifestar sobre a denúncia.
“Ação maculada de preconceito e perseguição política”
A TRIBUNA ouviu o presidente do PP em Campo Mourão, Rodrigo Salvadori, que foi candidato a prefeito pela chapa. Ele disse que a ação foi ‘extremamente’ infundada juridicamente, ‘onde o coeficiente de gênero foi mais do que respeitado’. “Tivemos 13 candidatos, sendo quatro mulheres. A Raquel, não pode participar da campanha, foi comunicado pelo partido e feito o pedido de desistência da candidatura dela. Mesmo ela com o nome nas urnas a votação não altera o resultado final e o coeficiente de gênero se manteve dentro da legislação”, falou Salvadori. Ele classificou a denúncia de ‘ação maculada de preconceito e perseguição política ao Tio Leco e ao Tião, que foram eleitos, e a todos do Progressista’.