Hemonúcleo de Campo Mourão mantém média anual de doações de sangue em 2024

Nesta segunda-feira (25), é comemorado nacionalmente o Dia do Doador de Sangue. A data visa agradecer aos doadores, assim como tem a intenção de sensibilizar a população para a importância de doar. No Hemonúcleo de Campo Mourão, esse gesto de solidariedade tem se mantido constante. É o que tem acontecido, pelo menos, nos últimos três anos, motivo para a equipe celebrar e agradecer a população doadora local e da região, sem deixar de continuar captando novos candidatos à doação, afinal, nunca é demais dizer que ‘doar sangue salva vidas’.

De acordo com dados repassados pela equipe do Hemonúcleo de Campo Mourão, de janeiro a novembro deste ano, a unidade recebeu cerca de 6.527 doações de sangue, superando o mesmo período do ano passado, quando foram feitas 6.226 doações. São aproximadamente 50 doações por dia. Mesmo durante o período de pandemia de Covid-19, em 2022, o número de bolsas de sangue total colhidas se manteve estável, com 6.572 doações nos 11 primeiros meses daquele ano, em comparação ao atual período.

A chefe do Hemonúcleo de Campo Mourão, Michele Cristine Berbet, falou, com satisfação, sobre a relevância de cada um que vem contribuindo para esse gesto de solidariedade, generosidade e amor ao próximo, conforme expressou. “O Dia Nacional do Doador de Sangue é uma data para agradecer aos nossos doadores e reforçar a importância do ato. É uma forma de reconhecer a solidariedade e o ato de amor de quem doa. Obrigada!”, expressou.

Por haver menor quantidade de tipos sanguíneos negativos (O-, A-, B- e AB-) na população brasileira, consequentemente, também há um estoque mais baixo deles

Demanda

De acordo com Luzia B. Salvador, farmacêutica/bioquímica que atua no setor de captação do banco de sangue local, o quantitativo de bolsas colhidas nos últimos anos tem sido suficiente para suprir a demanda. A unidade de coleta do município atende os 25 municípios da Comcam, por meio de três agentes transfusionais, a saber: as Santas Casas de Goioerê, Ubiratã e Campo Mourão. No entanto, quando há necessidade de transferência de sangue na hemorrede, o Hemonúcleo realiza o envio, assim como o inverso também pode acontecer.

Na prática, o que mais importa para a unidade nem é necessariamente o estoque total de sangue, mas a ‘administração’ dos tipos sanguíneos com maior falta diariamente. Assim, a profissional explicou que, apesar de a unidade estar conseguindo suprir a demanda, sempre há escassez de tipos sanguíneos específicos. Essas necessidades são variáveis semanalmente e, até mesmo, a cada dia, em determinados casos. A razão é simples: “Todo dia sai sangue”, como informou Luzia.

Por isso, os profissionais da captação precisam checar diariamente o estoque disponível, para captar sobretudo os tipos de maior necessidade pontualmente. Porém, todo tipo sanguíneo é bem-vindo. “É sempre bom lembrar a importância da doação e do gesto de compartilhar vida. Cada doação pode contribuir com até quatro pessoas e, em muitos casos, não há nenhum tipo de medicamento que possa substituir a transfusão de sangue”, reforçou a chefe da unidade, Michele.

Luzia lembrou, ainda, que, na população brasileira, os tipos sanguíneos O+ e A+ são os mais comuns. “Então, são sempre esses sangues que a gente tem bastante na geladeira”, falou, ao destacar que isso é bom, pois, quando há saída, geralmente também ocorre em grande quantidade. Por sua vez, como há menor quantidade de tipos sanguíneos negativos (O-, A-, B- e AB-) na população, consequentemente, também acaba havendo um estoque mais baixo deles.

Dessa forma, Luzia destacou a importância de que doadores regulares continuem contribuindo e reforçou que todo novo doador também é necessário. “Doador, continue fazendo a sua doação, salvando vidas, e quem não é doador e quiser vir conhecer o Hemonúcleo ou já vir fazer a sua doação também, sinta-se convidado, porque a gente precisa muito”, solicitou. “Lembrando que o sangue a gente não compra em lugar nenhum”, completou.

Cada doação pode contribuir com até quatro pessoas e, em muitos casos, não há nenhum tipo de medicamento que possa substituir a transfusão de sangue”

Medula óssea

O Hemonúcleo de Campo Mourão também realiza cadastros para doação de medula óssea. Desde 2020, conforme informou Luzia, a unidade já recebeu 3.400 cadastros de possíveis doadores. Para se candidatar, é preciso que a pessoa tenha entre 18 e 35 anos de idade, além de estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacidade, além de não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico (doenças autoimunes).

O cadastro é feito mediante ficha com dados pessoais do candidato e coleta de 5 mililitros de sangue. Em caso de compatibilidade, a pessoa recebe uma ligação para confirmar a intenção de doar. A medula do doador se recompõe em 15 dias. Vale ressaltar que todos os procedimentos e custos são de responsabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS).

Serviço

Para conferir os requisitos para a doação de sangue, consulte os links: https://tinyurl.com/mpf7wrwt e https://tinyurl.com/vedhh4ce. Demais informações referentes à doação, bem como realizar o agendamento on-line, podem ser consultadas acessando o site da Secretaria da Saúde do Paraná: https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Doacao-de-Sangue. Para sanar dúvidas sobre a doação de sangue e cadastro de medula óssea no Hemonúcleo de Campo Mourão, os interessados podem entrar em contato pelo WhatsApp de agendamento da unidade, pelo número: (44) 99878-3811.