Polícia Civil investiga atentado contra repórter cinematográfico em Campo Mourão
A Polícia Civil de Campo Mourão instaurou um inquérito para apurar um atentado contra o repórter cinematográfico de Campo Mourão, Rafael Silvestrin. O profissional foi cercado por um bando de pessoas na tarde de domingo (8), na Rua Hidegi Kobayashi, entre os bairros Cidade Nova e Fortunato Perdoncini, e teve o carro depredado. Ele estava com a esposa e uma filha pequena, no momento da ocorrência.
“Estava passando no local com minha filha e esposa e alguns rapazes [que estavam em um GM/Astra de cor prata] fecharam meu carro, chutaram a lataria, e quebraram o retrovisor. Eu nem estava fazendo matéria, simplesmente passava pelo local. É um atentando contra a imprensa de Campo Mourão”, desabafou o repórter em vídeo publicado em rede social. O veículo de Silvestrin, um VW/Gol, ficou bastante danificado com o ataque dos criminosos. Além dos prejuízos materiais, ficou o trauma à família.
O delegado chefe da 16ª Subdivisão Policial de Campo Mourão, Nilson Rodrigues, informou que ao tomar ciência do fato determinou uma investigação para localizar e responsabilizar os autores. “O profissional foi fechado com seu veiculo e sem qualquer possibilidade de reação teve o carro danificado. Poderia ter ocorrido coisa mais séria. Fico imaginando o que passou naquele momento pela cabeça deste repórter”, falou o delegado.
Rodrigues informou que uma equipe de investigadores foi designada para o caso. “Isso é comportamento de pessoas que que realmente “trabalham” com drogas”, falou. A polícia acredita que Silvestrin tenha sido alvo do ataque pelo fato de estar ligado a coberturas jornalísticas no meio policial. Seu carro estava caracterizado no momento da abordagem.
“Ele é repórter policial e claro vai dar a notícia onde ela acontece e alguém pode não ter gostado gerando isso. Mas vamos tirar a limpo”, ressaltou. O delegado informou que vai identificar se as pessoas que atacaram Silvestrin estão envolvidas com tráfico de drogas. “Se for isso vamos identificar a ‘boca de fumo’, fechar e prender quem estiver frequentando o local”, argumentou. Ele disse ainda que a polícia já tem alguns nomes dos responsáveis pelo ataque ao repórter. “Se queriam calar a imprensa não conseguiram porque ele continua trabalhando”, acrescentou.