Comcam atinge 76 casos de dengue e 1.559 notificações e Saúde alerta para perigo
Com as chuvas mais constantes e altas temperaturas, a dengue segue em uma escalada na região de Campo Mourão. Em uma semana foram registrados 9 novos casos, aumentando agora para 76 as confirmações, sendo 68 autóctones, quando o paciente é contaminado no município de residência.
Os dados constam no informe semanal da dengue divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa-PR), que alerta a população sobre o perigo da doença e pede que as ações de prevenção sejam redobradas, principalmente nesta época do ano. A Comcam atingiu também 1.559 notificações e tem ainda 453 casos prováveis, que estão em investigação, aguardando resultados laboratoriais. Os números são referentes ao atual período epidemiológico, iniciado em 28 de julho de 2024.
Conforme a Sesa, 18 dos 25 municípios da Comcam têm casos confirmados de dengue. Barbosa Ferraz é a cidade com maior número de confirmações: 16. Campo Mourão tem oito casos confirmados.
As confirmações por cidade são: Altamira do Paraná (8), Araruna (1), Barbosa Ferraz (16), Campina da Lagoa (4), Campo Mourão (8), Engenheiro Beltrão (3), Fênix (9), Goioerê (7), Janiópolis (3), Juranda (1), Mamborê (2), Moreira Sales (5), Quarto Centenário (2), Quinta do Sol (2), Rancho Alegre D’ Oeste (1), Roncador (1), Terra Boa (2) e Ubiratã (1).
Com o avanço da dengue, os municípios seguem intensificando as ações de combate ao Aedes Aegypti. Em Campo Mourão, por exemplo, com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância da prevenção, a secretaria de Saúde realizou no dia 18 uma caminhada ecológica de combate à doença. A iniciativa mobilizou agentes de endemias e voluntários para a limpeza de áreas públicas e residenciais para eliminação de focos do Aedes Aegypti em várias regiões da cidade.
No município, o índice de infestação do mosquito transmissor da dengue caiu para 2,7%. O aceitável pela Organização Mundial da Saúde (ONU) é até 1%. O dado foi divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, conforme o Levantamento de Índices Rápidos para Aedes aegypti (LIRAa) que verifica a infestação do mosquito. O índice de outubro era de 4,21%.
De acordo com o levantamento, das 46 localidades mapeadas, 15 apresentam alto risco de infestação, 10 médio risco e o restante baixo risco. Os locais com maior índice de infestação são os jardins Tropical II (12,77%), São Francisco (10,71%), Diamante Azul (8,89%) e Capricórnio (8,57%).
O levantamento apontou ainda que os principais locais com focos são as residências (75,51%), seguidas por terrenos baldios (12,25%). Dos 1.820 imóveis verificados, 49 apresentavam focos do mosquito, sendo a maior concentração de criadouros em vasos, bebedouros e pratos de plantas (44,20%), e lixo reciclável (30,80%), o que indica a importância de eliminar esses focos para controle do mosquito. Os principais locais com focos são as residências (75,51%), seguidas por terrenos baldios (12,25%).
A coordenadora dos trabalhos de campo, Marinalva Ferreira da Luz, informou que o trabalho dos agentes de endemias foi intensificado nas regiões mais afetadas. “Nós já encaminhamos os nossos agentes para essas áreas para fazerem a eliminação dos focos, chamar a atenção dos moradores para o problema e também orientá-los sobre o risco à saúde”, ressaltou.
Em nível de Paraná, a Sesa contabilizou mais 950 casos da doença. Os dados do atual período epidemiológico somam 61.319 notificações, 8.034 diagnósticos confirmados e dois óbitos em decorrência da dengue. No total, 386 municípios já apresentaram notificações da doença e 289 possuem casos confirmados.
Em relação a chikungunya e zika, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, neste período foram confirmados 134 casos de chikungunya, sendo registradas 642 notificações da doença no Estado. Quanto à zika vírus, até o momento ocorreram 29 notificações e nenhum caso confirmado.