Observatório Social do Brasil atua no país há 16 anos

No dia 28 de agosto de 2008 surgia o Observatório Social do Brasil (OSB), que chegou aos 16 anos de atividades com uma expressiva folha de serviços prestados à sociedade do país. Apenas com monitoramento de processos de licitação realizadas pelas prefeituras de municípios que contam com a entidade ,estima-se que a economia gerada para os cofres públicos ultrapassa a R$ 5,5 bilhões. São recursos que as administrações municipais puderam aplicar no atendimento de outras demandas sociais para uma população superior a 30 milhões de cidadãos.

O OBS surgiu em Maringá, na esteira da descoberta de escandalosos casos de corrupção na administração daquele município. Poucos meses depois, foi a vez da comunidade de Campo Mourão, através de organizações da sociedade organizada, também se mobilizar para criar a entidade no Município.

A necessidade de organização, planejamento e ações em conjunto e coordenadas levou à criação do Sistema OSB, a partir da união das unidades de cinco cidades paranaenses: Campo Mourão, Goioerê, Cascavel, Francisco Beltrão e Toledo. Era o embrião do maior sistema de fomento ao exercício da cidadania e à participação social do país. Hoje são mais de 100 unidades espalhadas por municípios da maioria dos estados brasileiros.

Evolução

Com proposta e metodologia própria, voltadas a fomentar a cidadania, controle social, transparência pública e prevenção à corrupção, o Sistema OSB evoluiu ao longo desses 16 anos. Sua pauta de ações foi ampliada com projetos e iniciativas propositivas, a exemplo do Congresso Pacto Pelo Brasil e do Projeto Observador Mirim.

Os eixos de atuação da instituição são baseados em gestão pública, educação para cidadania, transparência e ambiente de negócios. Todo esse trabalho contribui para a eficiência da gestão pública, transparência de dados e recursos públicos e a educação para a cidadania e participação social. Também auxilia ambientes de negócios íntegros, além da maior participação das empresas locais nos processos licitatórios.

Gregório Kravchynchy Nunes (foto) é o presidente do OSB Campo Mourão, que foi a segunda unidade do Observatório criada no Brasil; hoje já são mais de 100 em todo o país

Campo Mourão

Gregório Kravchynchy Nunes, presidente OSB Campo Mourão, lembra que no início várias constatações de irregularidades foram levantadas, questionadas aos órgãos públicos e divulgadas para a população. “Foi uma revolução. Mas tinha-se e se mantém uma visão clara de futuro: construir um Brasil livre de corrupção e termos um serviço público de qualidade”, explica.

O dirigente observa ainda que a constituição do Sistema OSB resultou em ações estruturadas, voltadas à promoção do controle social e implementação de políticas públicas mais justas e eficazes. “Graças a essas ações dos cidadãos, testemunhamos várias conquistas significativas, entre elas o surgimento da Lei de Acesso à Informação (LAI) em 2012. Essa Lei, juntamente com a organização do OSB, parcerias importantes com outros órgãos (Transparência Brasil, Transparência Internacional) e o aparecimento de outros dispositivos jurídicos (LOA) permitiu aprimorar substancialmente nossos trabalhos”, finaliza.