11ª Regional faz capacitação de agentes de saúde de 25 municípios da Comcam
O Setor de Vigilância Epidemiológica da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão realizou nessa sexta-feira (9), durante todo o dia, a capacitação de profissionais da Vigilância Epidemiológica e da Atenção Primária da Saúde dos 25 municípios da Comcam. O encontro foi focado em doenças prevalecentes no Estado, principalmente o sarampo e febre amarela. Foram abordadas também meningite, dengue, zika, vírus, chikungunya, e influenza.
O objetivo, além de prevenir a chegada destas doenças na região, é preparar os profissionais dos municípios no caso de confirmações. Um caso confirmado de sarampo no Paraná deixou todo mundo em alerta, por isso estamos repassando aos profissionais a questão do fluxo de pessoas, encaminhamentos caso a gente venha ter casos da doença, reforçando a questão da vacinação que é a forma mais eficaz de prevenção da questão do sarampo e febre amarela, e como podem ser feitas as notificações, explicou a enfermeira chefe de Seção de Vigilância Epidemiológica da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Evandra Cristina Pereira. Ela faz um apelo à população para que procure as unidades de saúde para verificar se a vacinação está em dia.
Segundo Evandra, os profissionais receberam também informações sobre a situação epidemiológica (quantidade de casos confirmados e notificados das doenças) na região, além das medidas de controle que precisam ser executadas pelos municípios. A capacitação é importante para que os profissionais estejam preparados para fazer as notificações e investigações caso a região venha ter caso destas doenças. Quando a gente tem um caso notificado de alguma destas doenças precisamos saber onde essa pessoa esteve, quem são os contados dela, e qual a medida que agente vai adotar para evitar que outras pessoas também adoeçam, explicou.
Evandra informou que a região não tem notificações ou casos confirmados de sarampo ou febre amarela, doenças que mais preocupam no momento. Porém, no caso do sarampo, estamos em alerta devido ao rápido poder de disseminação da doença. Precisamos nos antecipar à doença para que consigamos controlá-la, ressaltou. Em relação à febre amarela, o alerta é que existe epidemia da doença na região metropolitana de Curitiba e litoral do Paraná e que a previsão é que o vírus chegue à região neste segundo semestre.
Nós estamos em um dos corredores do vírus, a previsão é que neste segundo semestre tenhamos a circulação viral e provavelmente tenhamos casos, falou a enfermeira, ao ressaltar que a Regional de Saúde vem trabalhando desde o início do ano no plano de vacinação dos municípios da região. Desde o início do ano os municípios já executaram várias atividades, inclusive busca das pessoas em suas casas na zona rural para vacinar, afirmou.
A enfermeira esclareceu ainda algumas dúvidas frequentes da população em relação à vacinação principalmente contra o sarampo, como a idade de imunização, por exemplo. A vacina é disponibilizada pelo Ministério da Saúde no calendário anual de vacinação. Neste caso em específico, pelo calendário anual são aplicadas duas doses da vacina nas crianças, sendo uma aos 12 meses de vida e outra aos 15 meses.
Na população em geral as pessoas que tem até 29 anos precisa ter duas doses da vacina tríplice viral (rubéola, caxumba e sarampo). Nas pessoas que tem entre 30 e 49 anos deve ter uma dose de vacina. Quem tem mais de 49 anos não tem necessidade de se vacinar, mesmo que esta pessoa vá viajar para área de risco. Já os profissionais de saúde, todos eles devem tomar duas doses de vacina independente da idade. Tem muita gente nos procurando para vacinar e são pessoas que tem mais de 50 anos e não tem necessidade de ser vacinadas, disse Evandra.
Por fim, a enfermeira esclareceu ainda que uma criança entre 3 meses e 1 ano de idade (que não está na idade de ser vacinada ainda), mas vai viajar para algum lugar com surto de sarampo, a recomendação é que seja vacinada. Isso não exime ela de tomar a vacina na rotina aos 12 e 15 meses, observou.
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