Adapar reforça alerta a produtores para atualização de rebanhos
Com o início da atualização cadastral dos rebanhos no dia 1º deste mês, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) alerta os produtores rurais para ficarem atentos ao prazo, que encerra no dia 30 de junho. “A atualização é obrigatória e quem não fizer não poderá obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que permite a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos”, alertou a médica veterinária da Adapar, Claudia Gebara, nesta segunda-feira (6), à TRIBUNA.
A campanha é realizada em etapa única. Os produtores podem fazer a atualização no sistema online (www.adapar.pr.gov.br). Segundo Claudia, 8.661 propriedades de explorações devem fazer a comprovação na região de Campo Mourão. Somente o rebanho bovino soma 494 mil animais.
“O comprovante impresso deve ser preenchido em duas vias: a primeira para a Unidade Local de Sanidade Agropecuária (ULSA), já a segunda, ao produtor. Durante a campanha, a comprovação pode ser realizada em qualquer unidade de sanidade da Adapar. Após o término, só deve ser realizada na ULSA a que pertence a propriedade. Os escritórios municipais e Sindicatos só podem receber comprovante das propriedades de seu município”, explicou Claudia.
Ela alerta que o produtor que deixar de fazer a atualização estará sujeito a outras penalidades previstas na legislação, como a autuação e o pagamento de multa, que pode variar de acordo com a quantidade de animais não declarados a partir de 1º de julho.
Atualmente, a multa por por exploração pecuária é no valor de R$ 1.367,90. “Vale lembrar que a atualização é obrigatória para produtores que possuam as seguintes espécies: bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos, suínos, equídeos (equinos, asininos, muares), aves, abelhas, peixes e outros animais aquáticos”, ressaltou.
A atualização do rebanho substitui as campanhas de vacinação contra febre aftosa que vinham sendo feitas duas vezes por ano. A última campanha de vacinação no Paraná foi em maio de 2019. O Paraná é reconhecido nacionalmente como Área Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, desde 1º de setembro de 2020, conforme Instrução Normativa (52/2020) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A medida deixou o Estado mais perto do reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O Ministério já formalizou o pedido à OIE, que está avaliando o relatório do Paraná.