Alexandre Curi faz balanço das ações e comenta possível candidatura ao governo
O deputado estadual Alexandre Curi (PSD), campeão de votos no Paraná nas Eleições de 2022, superando os 237 mil votos, se consolidando como o sexto mais votado do Brasil, cumpriu agenda nesta sexta-feira (29) em Campo Mourão, onde participou de reunião com o prefeito do município, Tauillo Tezelli e o deputado estadual, Douglas Fabrício. O parlamentar recebeu demandas e discutiu projetos para a cidade.
Na ocasião, Curi fez uma visita à TRIBUNA. Em entrevista ao jornal falou dos trabalhos parlamentares como primeiro secretário geral da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), avaliou as ações do Governo e comentou sobre sua possível candidatura ao Governo do Estado. Embora as próximas eleições para governador aconteçam somente em 2026, seu nome já corre nos bastidores políticos como opção.
“Eu fico extremamente satisfeito de ver meu nome sendo lembrado para uma possível eleição majoritária em 2026. Mas ainda é muito cedo para se falar sobre isso. O governador Ratinho tem ainda mais três anos de mandato e temos as eleições municipais no próximo ano. Eu tenho dito o seguinte: faço parte de um grupo político que tem como seu maior líder o governador Ratinho. O que posso dizer aos paranaenses é que estarei preparado se essa missão aparecer. Mas neste momento é cuidar do meu mandato de deputado estadual e cumprir com minha obrigação de primeiro secretário da Assembleia”, respondeu à TRIBUNA, ao ser questionado sobre a possibilidade de lançar o nome à disputa ao cargo.
Sobre a visita a Campo Mourão, o parlamentar afirmou que ‘sempre é bom estar na região que o recebe sempre com muito carinho’. Curi lembrou que recebeu uma quantidade expressiva de votos na região e que as visitas aos municípios é uma espécie de ‘obrigação’ para receber demandas. Como primeiro secretário geral da Alep, o deputado informou que está priorizando a economia dos recursos públicos e a transparência nos atos legislativos. “Tanto que estamos aumentando a informatização e digitalização”, ressaltou, ao lembrar ainda que após 40 anos a Assembleia estará realizando um concurso público para renovar o quadro de servidores. Confira a entrevista completa abaixo:
Qual a expectativa para este sexto mandato consecutivo?
Temos uma expectativa enorme, de muito trabalho. Vamos continuar sendo um deputado municipalista, resolutivo e presente nas cidades. Agora com uma responsabilidade maior que é ser o primeiro secretário da Assembleia. Ou seja, cuido de toda a parte administrativa da Casa do Povo. Mas continuo percorrendo todo o Paraná ajudando o Estado a crescer e se desenvolver. Faço parte da base de apoio do governador Ratinho. Obras importantes estão saindo do papel. Então a expectativa é enorme. O Paraná vai muito bem. Temos um governador municipalista. E a Assembleia Legislativa também tem um papel importante porque todos sabem que temos devolvido muitos recursos de economia para o Executivo para que o governador possa realizar obras importantes.
De que forma o senhor vem conduzindo os trabalhos como primeiro secretário geral da Alep?
Com muita transparência. Aumentando a informatização e digitalização. Depois de 40 anos vamos realizar um concurso público para renovar os quadros da Assembleia. Estamos avançando na transparência. Somos a sétima Assembleia Legislativa com a melhor avaliação no Brasil. Vamos elevar esta Assembleia para as três melhores do Brasil, devolvendo quase R$ 450 milhões para o Poder Executivo. Estamos levando a Assembleia mais próximo da população e quando isso acontece você traz a informação do que acontece lá dentro. Isso é transparência, dando a oportunidade para que as pessoas, através das audiências públicas, possam ir até o Poder Legislativo manifestar sua opinião. Estamos fazendo a Casa do Povo estar muito próxima do povo do Paraná.
O senhor apresentou projeto na Assembleia que requer a ampliação dos benefícios do Nota Paraná a outras entidades. Poderia detalhar?
Eu tenho recebido muitas reivindicações na área da Educação que não era contemplada com recursos do Nota Paraná. Fizemos uma reunião com o secretário da Fazenda, Renê Garcia, que nos autorizou a avançar com o projeto. Ele está tramitando e vai permitir que essas instituições na área da Educação também possam ser contempladas com recursos do Nota Paraná. São instituições que precisam destes recursos. O Nota Paraná veio para ficar, é um sucesso, já ajudou milhares de entidades, em especial as Apaes, inclusive, recebendo muitos recursos.
Os paranaenses elegeram Ratinho Júnior para o 2º mandato de governador. Como o senhor espera que seja a segunda gestão dele à frente do Paraná?
Não tenho dúvida de que será um mandato ainda melhor do que o primeiro. É um governador que prioriza grandes obras e não esquece os menores municípios. Um governador presente nas cidades, de muito diálogo, que não gosta de entrar em ‘bola dividida’. É um governador que deixa bem claro que está sendo pago para trabalhar e não para sair brigando e fazer intriga. E isso tem dado certo. O Ratinho é o governador com a melhor avaliação do Brasil.
Sobre o pedágio, o senhor acredita que com as novas concessões, que já estão acontecendo, o paranaense realmente pagará tarifas mais baratas?
Não tenho dúvida disso. O paranaense pagou por mais de 20 anos o pedágio mais caro do Brasil. Não viu transparência e não viu obra. Os contratos terminaram e muitas dessas rodovias que no contrato tinham obrigação de serem totalmente duplicadas as obras não aconteceram. A Assembleia tem um papel importante, vocês, inclusive, acompanharam no fim das concessões do pedágio que fizemos audiências públicas em todas as regiões do Paraná. Discutimos com as entidades, federações, vereadores, prefeitos e a população em geral qual seria o melhor modelo de pedágio para o Paraná. O Governador acompanhou todas estas reuniões e também decidiu por aquele modelo que os paranaenses gostariam que tivessem um pedágio mais barato, com garantia de obras e mais transparência. E o primeiro leilão de pedágio que aconteceu no mês passado mostrou isso, apresentou desconto de quase 65% do que a tarifa anterior com garantia de obras e grandes investimentos que vão acontecer nas rodovias do Estado.
O projeto Assembleia Itinerante, que está percorrendo o Paraná, virá para a região da Comcam?
Sim, com certeza. Inclusive para Campo Mourão. É um projeto de três anos, já são sete as cidades que receberam ele e vamos estar aqui na região, mas ainda não temos ainda uma data marcada. O nosso objetivo é levar a Assembleia mais próxima da população. É permitir que aquelas pessoas, que muitas vezes não têm oportunidade de ir até o prédio da Assembleia Legislativa na capital, possam cobrar o seu deputado, trazer sua reivindicação. E a gente tomou esta iniciativa de levar a Assembleia até a população para discutir as principais demandas da região.
Devido a sua representatividade e força política no Paraná, lideranças políticas, empresariais e de outros segmentos já cogitam seu nome para o governo do Estado para 2026. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
Eu fico extremamente satisfeito de ver meu nome sendo lembrado para uma possível eleição majoritária em 2026. Mas ainda é muito cedo para se falar sobre isso. O governador Ratinho tem ainda mais três anos de mandato, temos as eleições municipais no próximo ano. Meu partido [PSD] é o maior do Paraná, tem o maior número de deputados estaduais e federais e tem nomes importantes que podem se apresentar em 2026. Eu tenho dito o seguinte: faço parte de um grupo político que tem como seu maior líder o governador Ratinho. O que posso dizer aos paranaenses é que estarei preparado para que se essa missão for me dada. Mas neste momento é cuidar do meu mandato de deputado estadual e cumprir com minha obrigação de primeiro secretário da Assembleia, ajudar a governabilidade do Ratinho e percorrer o Paraná ouvindo as demandas para que nosso grupo político possa chegar com maior aprovação em 2026 e que o nome apresentado seja um nome com condições de dar continuidade a este grande trabalho do governador Ratinho.