Apesar de índice geral baixo, infestação da dengue está alarmante em 4 localidades de CM

A prefeitura de Campo Mourão divulgou nesta sexta-feira (2), o resultado do Levantamento de Índice Rápido (Lira) que indica a infestação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Os dados foram publicados pela Assessoria de Comunicação à imprensa. O índice geral na cidade está em 0,99%, dentro do que preconiza o Ministério da Saúde. Porém, em pelo menos quatro localidades, que abrangem diversos bairros, o indicador está altíssimo, chegando até 8%.

Conforme o Lira, a localidade do Jardim Alvorada, que engloba os bairros Bandeirantes, Piacentini e Primavera, está com o índice de 8%, considerado de alto risco para epidemia de dengue. A situação é alarmante.

As outras localidades em situação bastante preocupante são: Santa Cruz, que abrange os jardins José Richa e Modelo, com 7,41%; Diamante Azul (Condor, Montes Claros), 6,45%; Aurora (Ana Elisa, Centro, Curitiba, Esperança, São Pedro, São Sebastião), 5,71% e Conjunto Milton de Paula Xavier, com 4,76%. Todas estas demais regiões também enfrentam alto risco de surto de dengue.

Já pelo menos outras quatro localidades estão com índices bastante acima do preconizado pelo Ministério da Saúde. São elas: Vila Urupês (Centro, Constantino), 3,57%; Laura (Country, Maia, Lurdes), 3,03%; Indianápolis e Fortunato Perdoncini,2,44%; Pio XII (Indianópolis), 2,13% e Tropical II (Tropical II, Avelino Piacentini); 1,75%.

Das 43 localidades pesquisadas pelo Lira, 32 tiveram índice zero de infestação. “A infestação está baixa, saímos da situação de epidemia, paramos de positivar, mas isso não significa que podemos baixar a guarda nos cuidados”, alerta a coordenadora do trabalho de campo dos Agentes de Endemias, em Campo Mourão, Marinalva Ferreira da Luz. Ela lembrou que o novo período epidemiológico começou no dia 1º de agosto. Até o momento a cidade não teve nenhuma confirmação no novo ciclo.

Conforme aponta o Lira, dos 1.608 imóveis pesquisados, em 15 foram encontrados focos do Aedes aegypti, a maioria no lixo reciclável nos quintais das residências. O índice de infestação é obtido a partir dos resultados das amostras analisadas em laboratório e serve de base para o trabalho de combate ao mosquito.

Criadouros

Conforme o levantamento, 46% dos criadouros do mosquito da dengue foram encontrados em lixos (plástico, vidro, metal, papelão, sucatas, reciclados); 33% em piscinas, tambores, tanques, poços e lonas plásticas; 7% em pneus velhos; e 14% em vaso sanitários, pratos de plantas e Bebedouros de animais.