Aumento de casos da Covid-19 faz Sindicato pedir adiamento da volta às aulas na rede municipal
Em meio ao aumento de casos da Covid-19 na cidade de Campo Mourão, que acontece também em toda a região, o Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Mourão (Sindiscam) encaminhou ofício nesta sexta-feira (28), secretaria de Educação solicitando que o retorno das aulas, previsto para o dia 7 de fevereiro, seja adiado pelo município para o dia 21 do mesmo mês.
O sindicato sustenta que o agravamento da pandemia coloca em risco a saúde de alunos e profissionais. Relata ainda a alta da taxa de ocupação de leitos. “A medida está em discussão em outras cidades e já foi aprovada, por exemplo, em Foz do Iguaçu. O Sindicato acredita que esse adiamento pode evitar tragédia, com o aumento da contaminação de crianças, tendo em vista que essa faixa etária ainda está em processo de vacinação e as UTIs infantis são escassas”, diz nota encaminhada pelo Sindiscam.
Conforme boletim da Secretaria de Saúde, Campo Mourão atingiu nessa quinta-feira (27), 1.995 casos ativos de coronavírus. É o maior número de moradores positivados com potencial de transmissão do vírus desde o início da pandemia no município. A cidade voltou a registrar também mais duas mortes ontem e 343 novos casos de coronavírus.
As mortes são de um homem de 53 anos de idade, e de uma mulher, de 78. O homem faleceu em sua própria residência enquanto a senhora, na Central Hospitalar. A cidade registra 357 pessoas mortas em decorrência do coronavírus desde o início da pandemia.
A taxa de ocupação de leitos na ala covid está em 75%, na enfermaria; 50%, UTI SUS e 30% na UTI de convênios. Até o início do mês estes números estavam praticamente zerados.
De acordo com a diretoria do Sindiscam, o sindicato tem participado das discussões com o Comitê de Volta às aulas desde o início da pandemia, e tem se colocado como porta-voz dos profissionais da Educação da rede municipal de ensino. “O momento exige cautela, paciência e principalmente: atenção e cuidado com a Covid-19. A Pandemia não acabou”, ressaltou a entidade representativa.