Campo Mourão: Após acidente, José ficou tetraplégico. Família pede ajuda

O pedreiro José dos Reis, 68, viu sua vida virar de ponta cabeça no dia 21 de julho deste ano. Após um acidente na Avenida John Kennedy, no Jardim Lar Paraná, em Campo Mourão, por um descuido seu, ele acabou atropelado. Escapou da morte por pouco. Mas restaram as sequelas. Permanentes e graves. Ficou tetraplégico. Hoje está numa cama. Precisa de alguém por perto 24 horas por dia para ajudá-lo com afazeres mais básicos possíveis. Utiliza fralda geriátrica para as necessidades fisiológicas. Ele mais do que nunca está precisando de ajuda. Desde os itens mais básicos a medicamentos. O carinho e cuidado vem recebendo da família.

Quem puder ajudar José com doações em dinheiro para compra de medicamentos, vitaminas, entre outros medicamentos mais específicos para seu tratamento, pode levar diretamente na casa dele, localizada na rua Arapongas, 399, no jardim Cohapar. Pode também fazer doações em dinheiro na chave PIX: 44999726194 (Adriana dos Reis Silva). Ela fará a prestação de contas dos valores recebidos.

Adriana Silva, mãe de três filhos, trabalhadora, é sobrinha de José. Não aguentou calada ver o sofrimento do tio. Por isso foi às redes sociais. Fez um pedido de socorro. Era a última coisa que ela queria fazer. Tinha receio de expor seu tio e até de críticas maldosas que pudesse a surgir. Mas não tinha outro jeito. Os recursos da família não são suficientes para os cuidados com o pedreiro, hoje acamado. O clamor de Adriana chegou ao conhecimento da TRIBUNA, que se solidarizou à causa.

A reportagem fez contato com Adriana na manhã deste sábado. No momento da ligação, ela estava na correria, se aprontando para o trabalho. Mas deu uma pausa para uma conversa de cerca de 15 minutos. Era possível sentir no tom de sua voz a dor pela situação do tio. Ela disser que José deixou o hospital na quinta-feira (24), após mais de um mês internado.

José está com a costela fraturada, duas fraturas próximo a bacia e uma na coluna cervical próximo ao pescoço e com um trauma no crânio, que lhe causou um coágulo no cérebro. Sua situação, conforme informaram médicos à família é irreversível. Outra preocupação é que um dos rins parou de funcionar. E o outro que ainda ‘trabalha’ está com uma sonda. Além disso, as feridas, consequência do acamamento, antes curadas no hospital, voltaram a aparecer. Ou seja, a situação é dramática.

Contas de água

Junto com toda esta situação tem os gatos para manter os cuidados de José. Hoje a prioridade da família é quitar R$ 1.531,46 em contas de água atrasadas da casa dele. Para fazer o parcelamento junto a Sanepar, foi preciso transferir a conta para o nome de outra pessoa. Para seguir a negociação, a família deu uma entrada de R$ 490,07 restando ainda outras três parcelas de R$ 438,76 (com juros).

“Hoje a nossa principal preocupação é pagar estas contas. Na situação que meu tio está de maneia alguma pode ficar sem o fornecimento de água”, preocupou-se a sobrinha. Ela explicou que houve o acúmulo da dívida porque seu tio tinha se mudado para o distrito de Água Fria, em Iretama deixando a casa alugada para um terceiro, que acabou não pagando as contas que chegavam.

A família precisa também de lençóis e itens básicos de higiene, como lenços umedecidos, sabonete líquido, entre outros. Fraldas geriátricas, o município forneceu. Houve também doações de algumas pessoas. Mas quem quiser também pode doar o material.

Alimentação

Como José ainda continua bastante debilitado, sente dificuldade para comer obrigando a família a optar por alimentos que sejam de mais fácil digestão, como leite, pães de leite, iogurte, bolachas e frutas. Estes produtos também podem ser doados. “Para consumir estes alimentos ele esforça menos”, explica a sobrinha.

Medicamentos

Embora o município venha ajudando como fornecimento de alguns medicamentos, outros não estão disponíveis nos postos de saúde e têm que ser comprados. E como o consumo é constante não sai barato. Quem puder, pode também fazer a doação dos seguintes remédios: Vitamina Beneum 300 mg (Cloridrato de Tiamina), Ácido Fólico para tratamento do estômago e pomada Quadriderm, pomada Hirudoid.

“Estamos muito preocupados com meu tio. Muita gente até nos pergunta porque não levamos ele no asilo, mas não é assim que funciona”, comenta Adriana. Ela disse que toda vez que tem de trocar a fralda dele, o sofrimento aumenta. Com as fraturas, ele geme de dor por causa da movimentação. “Esta noite passada trocamos ele três vezes”, falou. Como a troca de lençóis é feita diariamente, Adriana comentou que se alguém tiver alguma máquina de lavar “faz tudo” usada para doar, o equipamento seria de grande utilidade.

Mudança de rotina

Com a situação do tio, Adriana mudou a rotina de sua vida. Ela reside no jardim Cidade Nova, mas tem posado na casa do tio para ajudar nos cuidados junto da mãe, dona Ana, irmã de José. “Praticamente mudamos para a casa do meu tio. Estamos fazendo tudo o que podemos com a estrutura que temos”, falou Adriana. Ela disse que o correto era a família contratar uma enfermeira para cuidado do homem, mas os custos são altos. “Além disso, acredito que o tratamento seria mais adequado por ser por uma profissional”, frisou.

Como ajudar e onde levar as doações

Doações dos medicamentos citados acima; lençóis; produtos de higiene, como lenço umedecido, sabonete líquido; alimentos como leite, bolachas, frutas, iogurte; podem ser levadas diretamente no endereço de José, na Rua Arapongas, 399, no Jardim Cohapar, região do Lar Paraná. Falar com Ana ou Adriana. Doações em dinheiro podem ser feitas via chave PIX: 44999726194 (Adriana dos Reis Silva).