Campo Mourão terá simulação de desastre neste sábado
Os estudantes de Medicina do Centro Universitário Integrado vão participar do segundo treinamento de simulação realística de desastre. O evento será neste sábado (17) das 9 às 12 horas, no câmpus da universidade. A atividade será promovida pela Liga Acadêmica de Trauma e Emergência (Latem) da instituição e será transmitido ao vivo pelo Instagram @latemintegrado
O objetivo é aprimorar as competências dos alunos do último ano de Medicina (11º e 12º períodos), capacitar os profissionais de emergência de Campo Mourão para atuarem em cenários de grandes dimensões, diminuir ao máximo os danos causados por catástrofes e impactar positivamente toda a comunidade mourãoense.
Cerca de 500 pessoas vão participar da ação; envolvendo professores, supervisores e acadêmicos do Integrado que vão atuar como as “vítimas” do simulado. Entre os agentes públicos que já confirmaram presença estão o Corpo de Bombeiros de Campo Mourão, o Núcleo de Educação Permanente do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Noroeste (NEP SAMU Noroeste) e a equipe da Ronda Ostensiva Tático Móvel da Polícia Militar (Rotam), que tem estreitado os laços com o Centro Universitário Integrado para trazer informações, treinamentos e soma esforços na formação e atualização dos policiais.
“Vamos utilizar manequins, atores treinados, maquiagem artística e ambientes virtuais para recriar cenários que os participantes poderiam encontrar em suas profissões”, explica a coordenadora do curso de Medicina do Centro Universitário Integrado, Taísa Navasconi Berbert.
O 2° tenente e comandante do pelotão da Rotam, Davi Otávio Bentz, disse que o treinamento é importante não só para a Polícia Militar, mas para todos os protagonistas que – se demandados em uma situação real – terão que tomar decisões assertivas para salvar o máximo de vidas possíveis.
“O treinamento é uma maneira de reduzir os erros e levar à excelência no atendimento prestado. Assim, é possível aprimorar e capacitar nossos colaboradores intervencionistas para atuarem em cenários de triagem e manejo de vítimas em grandes desastres”, comentou Yonara Barião Thé da Silva, enfermeira intervencionista e coordenadora do NEP SAMU Noroeste.
Simulação na universidade
Nesta segunda edição, o cenário será o de um “atentado armado” na universidade. “A encenação terá intérpretes ‘feridos’, fumaça cenográfica e outros elementos que trazem mais fidelização ao ambiente retratado”, conta a idealizadora do simulado de desastre, estudante de Medicina do Integrado e presidente da LATEM, Mariana Storck.
A atividade terá quatro etapas. A primeira envolve a atuação de um atirador, que entra na sala de aula, cria uma situação de perigo, faz “disparos e lança bombas”. Em seguida, a equipe da ROTAM intervém para conter o atirador e garantir a segurança das pessoas. Na segunda etapa, o Corpo de Bombeiros vai agir em conjunto com a ROTAM para manter a estabilidade da cena e promover a segurança do local para a entrada da equipe do NEP SAMU Noroeste.
A terceira etapa é o momento em que o time do NEP SAMU Noroeste realiza uma triagem e inicia os primeiros-socorros às “vítimas”, que são transportadas para um hospital simulado no próprio local onde os estudantes de Medicina farão os atendimentos. Na quarta etapa, os acadêmicos recebem o feedback dos professores e supervisores a respeito de suas ações, os pontos fortes encontrados e as áreas de melhoria para o aprendizado contínuo.
“Essa simulação será uma oportunidade única para nossos alunos e equipes de resposta aprimorarem suas habilidades em situações realistas de crise. Ao trabalhar em conjunto, todos os envolvidos terão a chance de praticar e refinar suas técnicas e contribuir para um ambiente mais seguro e preparado para enfrentar emergências no futuro”, enfatiza o diretor de Medicina do Integrado, Heber Amilcar Martins.
Benefícios do treinamento simulado
A primeira simulação de desastre do Centro Universitário Integrado aconteceu em 2022, teve a participação de cerca de 50 estudantes e a equipe do Corpo de Bombeiros de Campo Mourão. Na ocasião, foi simulado um incêndio de grandes proporções. Para os acadêmicos do curso de Medicina, o treinamento contribui para formar profissionais mais competentes, confiantes, preparados e traz pelo menos dez grandes aprendizados listados pela coordenadora do curso, Taísa Navasconi Berbert:
1) Desenvolvimento de habilidades práticas: Proporciona a oportunidade de praticar e aperfeiçoar habilidades técnicas e não técnicas (como comunicação e trabalho em equipe) em um ambiente controlado e que replica as condições reais de trabalho;
2) Melhoria da tomada de decisão: Permite que os participantes enfrentem situações complexas onde precisam tomar decisões rápidas e eficazes, avaliar diferentes cenários e considerar as consequências de suas ações;
3) Preparação para situações críticas: Treina os participantes para lidar com emergências e situações de alta pressão – como desastres naturais, emergências médicas, falhas técnicas em aeronaves – de modo a aumentar a eficiência e reduzir erros em situações reais;
4) Avaliação e feedback: Fornece uma plataforma onde os participantes possam ser avaliados de forma objetiva – recebendo feedback construtivo sobre seu desempenho – o que facilita a identificação de áreas de melhoria e promove o desenvolvimento contínuo;
5) Integração e coordenação de equipes: Facilita o treinamento de equipes inteiras, promove a coesão, a comunicação e a colaboração entre os membros; que são fundamentais para o sucesso em ambientes profissionais complexos;
6) Reforço do conhecimento teórico: Complementa o aprendizado teórico com experiências práticas, ajuda os participantes a aplicar o conhecimento adquirido em sala de aula ou em estudos teóricos a situações do mundo real;
7) Redução de riscos: Treina situações de alto risco de forma segura, permite que os profissionais ganhem experiência e confiança antes de enfrentar cenários reais onde erros podem ter consequências graves;
8) Familiarização com novas tecnologias e procedimentos: Introduz e treina novas tecnologias; equipamentos ou procedimentos em um ambiente onde os participantes podem se familiarizar sem o estresse de uma situação real;
9) Desenvolvimento de competências emocionais: Ajuda os participantes a gerenciar suas emoções em situações de estresse; o que é essencial para manter a calma e a eficácia durante eventos críticos;
10) Inovação e melhoria de processos: Experimenta novas abordagens ou processos em um ambiente controlado, permite ajustes e melhorias antes de sua implementação em situações reais.