Cerca de 18 mil alunos do NRE de Campo Mourão receberá kits de materiais escolares

O Núcleo Regional de Educação (NRE) de Campo Mourão já está se organizando para receber os alunos para o início de mais um ano letivo. As aulas na rede estadual de ensino, que inclui as 55 escolas de abrangência do Núcleo, iniciam no próximo dia 5 de fevereiro. Este ano, a novidade em âmbito paranaense é o recebimento de kits de materiais escolares pelos alunos.

Somente no NRE de Campo Mourão, cerca de 18 mil estudantes serão contemplados, dos ensinos fundamental II, médio e profissionalizante e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Um detalhe muito importante: são para todos os alunos da rede”, enfatizou a chefe da regional de educação, professora Ivete Keiko Sakuno Carlos. As carretas com os kits já começaram a chegar para atender os colégios estaduais.

Os kits escolares incluem cadernos, lápis de cor, canetas esferográficas, réguas, apontador com depósito, borracha, entre outros itens

Cada discente receberá três cadernos, lápis de cor, canetas esferográficas, réguas, apontador com depósito, borracha, entre outros itens. “É uma forma de o Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria de Estado da Educação, estimular os nossos alunos e ajudar os pais economicamente, porque eles poderão economizar um valor significativo em relação à compra de materiais”, lembrou Ivete. Com a destinação de cerca de 945 mil kits escolares em todo o Paraná, o valor total será de aproximadamente R$ 40 milhões, com recursos próprios do estado.

As aulas no Colégio Marechal Rondon iniciam normalmente”, comunicou Ivete, ao explicar que, após a avaliação de danos estruturais identificados na instituição, somente uma sala permanece interditada

Preparativos para receber os alunos e outros assuntos e educacionais

De acordo com a professora Ivete, chefe do NRE de Campo Mourão, diretores e assistentes de municípios já receberam orientações para a distribuição de aulas, que iniciou nesta semana. Assim, os preparativos para receber os alunos daqui algumas semanas envolvem não apenas a parte física, mas também organização pedagógica, que precisam estar prontas para atender às necessidades dos estudantes.

Nesse contexto, com a proximidade do início do ano letivo de 2025, os pais e responsáveis também devem estar atentos às formas de encaminhamento dos filhos às instituições de ensino. À TRIBUNA, a professora destacou que as matrículas são distribuídas anualmente pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) por meio de georreferenciamento, o que assegura uma organização mais eficiente, levando em conta a localização dos estudantes e a demanda de cada região.

No entanto, caso os pais ou responsáveis optem por uma escola fora dessa área de abrangência do transporte escolar, isso pode impactar a oferta do serviço. “Eles precisam estar cientes de que essa opção por outra escola, desde que tenha vaga, a questão do transporte escolar é por conta deles”, ressaltou.

Rondon: danos estruturais e adequação do espaço

No mês de dezembro, prestes a acabar o ano letivo de 2024, o Colégio Estadual Cívico-Militar Marechal Rondon precisou ser interditado, devido a problemas estruturais, por risco de desabamento de algumas áreas do prédio. Acredita-se que a causa da danificação na estrutura seja decorrente do grande volume de chuva registrado na época no município.

Rachaduras em diferentes pontos foram identificadas e estalos em estruturas também foram escutados. Assim que a chefia do Núcleo foi informada da situação, iniciou a tomar as providências cabíveis. Ivete disse que entrou em contato com o engenheiro do NRE, com a própria equipe diretiva da escola, assim como com a Seed e o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), para fazer os alinhamentos necessários sobre o caso.

Após avaliações necessárias, a chefe informou que, de acordo com o parecer do engenheiro, apenas uma sala permanece interditada, por enquanto, mas que os alunos não serão prejudicados, visto que, já no início deste ano letivo, serão realocados em outro espaço seguro. “Então, as aulas no Colégio Marechal Rondon iniciam normalmente”, comunicou Ivete.

Uso de celulares nas escolas

Foi sancionada, no último dia 13, a Lei nº 15.100, que dispõe sobre a utilização, por estudantes, de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais nos estabelecimentos públicos e privados de ensino da educação básica. De acordo com a nova legislação, via de regra, os estudantes estão proibidos de usar aparelhos celulares sem autorização dentro das escolas.

A chefe do NRE de Campo Mourão comentou que uma medida foi adotada antes mesmo da regulamentação federal sobre o tema. “Antes da lei federal, as escolas já estavam organizadas dentro de uma legislação estadual”, explicou Ivete. A partir de 2014, entrou em vigor a Lei Estadual nº 18.118, que regulamenta a proibição do uso de aparelhos/equipamentos eletrônicos em salas de aula para fins não pedagógicos no Estado do Paraná.

Desde então, a estratégia de recolher os celulares dos alunos antes da entrada nas salas de aula, por exemplo, já era aplicada nas instituições de abrangência do NRE de Campo Mourão. Mesmo assim, Ivete celebrou a instituição da lei federal, visto que, com isso, segundo ela, as escolas recebem uma proteção legal ainda maior para garantir o cumprimento dessa norma.

Evasão escolar e bullying

Ivete também aproveitou para fazer um apelo direto aos pais e responsáveis, no que se refere ao problema da evasão escolar, enfrentado por muitas escolas, destacando que a educação é a chave para um futuro melhor. “Mande seus filhos para a escola”, solicitou, enfatizando a parceria necessária entre as escolas, a família e a comunidade para garantir que as crianças e os adolescentes permaneçam no ambiente escolar. “O que garante um futuro melhor para eles é a educação”, completou.

A professora destacou, ainda, que a garantia do direito à educação é um dever constitucional de todos, por isso, as escolas também contam com o apoio da sociedade para se fazer cumprir esse compromisso. Geralmente, os alunos que “matam aula”, por exemplo, estão com uniforme, o que identifica de qual escola eles são. Por isso, a professora orientou as pessoas a entrarem em contato com a instituição para informar, caso vejam alunos em horário de aula fora da escola. “Se a comunidade também fizer esse tipo de trabalho, é muito importante”, sinalizou.

Por sua vez, no combate ao bullying, Ivete afirmou que o NRE de Campo Mourão tem promovido ações preventivas de conscientização. “A gente sempre tem feito esse trabalho de prevenção ao bullying”, disse. A partir deste ano, a equipe contará com psicólogos e assistentes sociais contratados, de forma efetiva, com a continuidade das atividades de sensibilização que já ocorriam no ano anterior, também voltadas para o ambiente familiar.