Circo instalado há um ano e meio se prepara para deixar Campo Mourão
Instalado em Campo Mourão há 18 meses praticamente sem conseguir fazer apresentações por conta da pandemia de Covid-19, o Circo Rhoney Espetacular se prepara para deixar a cidade. Para isso, vai iniciar nesta sexta-feira (10), uma temporada de apresentações até dia 12 de outubro para tentar arrecadar recursos.
A trupe, hoje formada por apenas 13 pessoas, vai se revezar no palco entre números de mágica, trapézio, palhaçaria e ilusionismo. “Chegamos à cidade em 8 de março de 2020 com muita expectativa, mas fizemos apenas três espetáculos. Vínhamos de uma temporada maravilhosa em Curitiba, porém, como todos, fomos surpreendidos pela pandemia e de lá para cá pudemos fazer oito apresentações no modo drive in e outras cinco no início deste ano”, explica Michele Salgueiro, coordenadora do circo.
Os ingressos para os espetáculos custam R$ 20,00 a inteira e R$ 10,00 a meia entrada. As sessões serão realizadas de sexta a domingo, às 20h30. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente no mesmo local das apresentações (Perimetral Tancredo Neves, ao lado do Condor Supermercados).
Toda a bilheteria arrecadada será para possibilitar que a trupe possa buscar uma nova praça para conseguir se restabelecer. “Precisamos muito da plateia que será agraciada com um lindo espetáculo e vai poder matar a saudade de curtir de perto um show circense. Temos uma logística enorme, contratação de mão de obra, por isso contamos com o público de Campo Mourão para nos ajudar”, diz Michele. Ela acrescenta que a trupe também atende eventos privados em empresas. Interessados podem fazer contato pelo (48) 99901-0333.
O circo
O Rhoney Espetacular é fruto do primeiro circo do Paraná, o Áurea, que nasceu na década de 60 e circulou pelo Estado durante quase 30 anos. Daquela família de circenses, nasceram diversas outras trupes que se espalham pelo Brasil.
“Só temos que agradecer a todos que nos ajudaram a apoiaram nesse período que estivemos aqui. Campo Mourão ficará para sempre na nossa história e nos nossos corações”, complementa Michele. Além do apoio do poder público com cestas básicas e assistência à saúde, o grupo também teve auxílios de voluntários da comunidade. A família Slomp, por exemplo, dona do terreno onde está instalada a lona, não cobrou aluguel. “Muitos colegas de circo em outras cidades não tiveram a mesma sorte”, observa.