Coamo inaugura fábrica de ração e investirá mais de R$ 1,6 bilhão na produção de etanol de milho

16 de agosto de 2024. Este dia ficará para a história da Cooperativa Agroindustrial Coamo e de Campo Mourão. Com a presença de líderes políticos, rurais e religiosos, a Cooperativa inaugurou sua fábrica de ração animal no valor de R$ 178 milhões e fez o lançamento da construção de uma mega indústria de etanol de milho, cujo investimento ultrapassará a cifra de R$ 1,6 bilhão. Registros que remetem ao dia de hoje como, jornais, reportagens, cartões, entre outros, ficarão preservados em uma cápsula do tempo, enterrada no parque industrial da Coamo. Ela será aberta daqui a 25 anos.

Com mais estas duas novas plantas, a Coamo passa a somar um conglomerado de 13 indústrias que geram um grande volume de exportações, atendendo produtos acabados em todos os estados do Brasil e em diversos países da América Latina. Isso sem contar as exportações de soja e milho para a Europa e China, além de farelo e óleo de soja.

Governador Ratinho Júnior disse que investimento da Coamo representa a consolidação do Paraná como ‘supermercado do mundo’

Para o presidente dos Conselhos de Administração da Coamo e da Credicoamo, José Aroldo Gallassini, a Cooperativa passa por um novo marco. “É um momento muito importante. Essas duas indústrias vão agregar valor à produção do cooperado, irão gerar fonte de emprego e renda, contribuindo para o desenvolvimento de Campo Mourão, região e o Paraná como um todo”, destacou.

Gallassini comentou que estava faltando para a cooperativa a industrialização do milho. Para se ter ideia, a fábrica de ração terá capacidade para produzir 200 mil toneladas de ração anualmente. A planta tem equipamentos de alta tecnologia. É construída em uma área de 10.000 metros quadrados. O prédio tem 35 metros de altura.

Serão fabricadas no local rações para bovinos, equinos, peixes, aves, suínos, cães e gatos. “Jamais poderíamos imaginar ter conquistado isso tudo de forma individual”, observou Gallassini, ao destacar a força do cooperativismo.

Sobre a usina de Etanol, o presidente informou que os projetos estão prontos e alguns equipamentos já foram adquiridos. A obra vai ficar pronta no fim de 2026. “A indústria também vai agregar muito valor ao produto do cooperado, uma vez que irá receber 20% do milho produzido. Recebemos em torno de 50 a 60 milhões de sacas por ano. Deste total, de 10 a 12 milhões de sacas serão industrializados agregando valor ao quadro social”, disse.

A usina será construída ao lado do parque industrial da Cooperativa. Ela terá uma capacidade de processamento de 1.700 toneladas de milho por dia, contemplando um sistema de cogeração de 30 MW (megawatts).

Durante a inauguração, o prefeito de Campo Mourão, Tauillo Tezelli, destacou a parceria do Governo do Estado com o município. Segundo ele, o prefeito que reclamar do atual governo é porque não está ‘fazendo o dever de casa’. Tezelli enalteceu também o investimento da Coamo. “Sem sombra de dúvida Campo Mourão vai ganhar, a região vai ganhar e o Paraná vai ganhar”, disse, se referindo ao desenvolvimento que será gerado pelo empreendimento.

Segundo o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini, com mais estas duas novas plantas, a Cooperativa passa a somar um conglomerado de 13 indústrias

Exportação

O presidente executivo da Coamo, Airton Galinari, disse que o produtor da Coamo passa a ser, a partir de agora, um industrial do milho se beneficiando de toda a atividade, melhorando as condições de preços e o resultado da produção industrial que receberá nas sobra, no final do ano. “É um grande projeto que cria oportunidades de empregos”, resumiu

Galinari informou que existe a possibilidade de a Coamo exportar etanol. Ele disse que o produto produzido pela Cooperativa tem a melhor ‘pegada’ de carbono do mundo, já que o produto será fabricado utilizando combustível renovável que é o eucalipto, enquanto outros países usam combustível fóssil, como queima de gás natural, por exemplo. “Para nosso etanol há o interesse de diversos segmentos, como o da aviação, entre outros, em ter realmente um biocombustível com uma pegada de carbono muito boa para que possa cumprir os seus contratos internacionais com relação a proteção do clima”, destacou.

Inicialmente, as duas indústrias irão gerar mais de 500 empregos em diversas áreas: administrativa, engenharia, técnica, entre outras. “A comunidade se beneficia, porque são salários pagos e impostos recolhidos que desenvolvem o município, o Estado e o Brasil”, argumentou Galinari.

Segundo o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini, com mais estas duas novas plantas, a Cooperativa passa a somar um conglomerado de 13 indústrias

‘Supermercado do mundo’, diz Governador

O governador do Paraná, Ratinho Júnior, que participou da inauguração da fábrica e visitou a planta, destacou que o investimento representa a consolidação do Paraná como ‘supermercado do mundo’.

Hoje o Estado é o maior produtor de alimentos do Brasil. “Já estamos exportando para 170 países e passamos a ser o grande produtor de alimentos industrializados. Tenho dito para todo o nosso time de agricultores e cooperativas que nós não queremos ficar vendendo soja e milho para os asiáticos, queremos vender tudo embaladinho, tudo industrializado aqui porque isso gera muito emprego, deixa renda para o paranaense. É isso que tem feito o Paraná crescer 7,8%”, observou.

Ratinho lembrou que com a nova fábrica e a de etanol já prevista para inaugurar em 2026, será imprescindível melhorias em rodovias até o Porto de Paranaguá. Ele disse que o Estado já trabalha com a própria Coamo, para um projeto de duplicação do “Eixo Y”, trecho de Campo Mourão a Pitanga e Pitanga a Mauá da Serra.

Segundo o Governador, todo este trecho terá um aumento de capacidade de carga com duplicações ou terceira faixa. “Isso está sendo finalizado pelo nosso time”, falou Ratinho, lembrando que o Governo já lançou a duplicação de Guarapuava a Pitanga, em concreto.

Presidente do Sistema Ocepar/Sescoop destaca força do Cooperativismo

O presidente do Sistema Ocepar/Sescoop, José Roberto Ricken, que também participou da inauguração, destacou a força do cooperativismo. Hoje, segundo ele, o cooperativismo do Paraná recebe o equivalente a 64% de tudo que se produz na agropecuária no Estado e metade disso já tem valor agregado.

“Ainda bem que temos a outra metade para fazer. Isso nos dá uma condição muito privilegiada de transformar estes produtos que recebemos para agregar valor. Neste contexto a Coamo é um exemplo”, afirmou.

Presidente do Sistema Ocepar/Sescoop, José Roberto Ricken, destacou a força do cooperativismo. Degundo ele, hoje o cooperativismo do Paraná recebe o equivalente a 64% de tudo que se produz no Paraná

Ricken informou que o Sistema Ocepar lançou recentemente o novo ciclo do planejamento estratégico das cooperativas paranaenses, o Plano Paraná Cooperativo (PRC), com projeção de faturamento total do setor de R$ 300 bilhões ao ano até 2026. Para 2030, a previsão é chegar ao faturamento de R$ 500 bilhões anuais. No ano passado, as 225 cooperativas do estado dos sete ramos (agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, saúde, trabalho, produção de bens e serviços, e transporte) faturaram, juntas, mais de R$ 200 bilhões.

“Não é um plano da Ocepar. É um plano das cooperativas paranaenses”, disse. Ele explicou que a estruturação do plano, assim como aconteceu em ciclos anteriores, teve a participação de todas as cooperativas, com realização de reuniões nos núcleos regionais.

A fábrica inaugurada tem capacidade para produzir 200 mil toneladas de ração anualmente. A planta tem equipamentos de alta tecnologia

Autoridades presentes

A inauguração do empreendimento, contou com a presença de diversas autoridades, entre elas, o prefeito anfitrião, Tauillo Tezelli; o Governador do Paraná, Ratinho Junior; vice-governador Darci Piana; presidente do Sistema Ocepar/Sescoop, José Roberto Ricken; vários secretários de Estados, entre eles, Márcio Nunes (Turismo); Ricardo Barros (Indústria e Comércio); Norberto Ortigara (Fazenda) e Natalino Avance de Souza (Agricultura); deputado estadual licenciado, Douglas Fabrício; o presidente da Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (Comcam), Edmilson Moura, prefeito de Terra Boa, entre outros gestores municipais da região; vereadores; o capelão do Caminho Iniciático de Santiago de Compostela, entre Campo Mourão e Fênix, padre Gaspar, entre outras lideranças.

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