Colheita do trigo atinge 99% da área na Comcam com produção obtida de 246.618 toneladas
A colheita do trigo atingiu 99% da área cultivada na Comcam com uma produção obtida até o momento de 246.618 toneladas, uma média de 2.413 quilos por hectare. A área plantada com o cereal na região de Campo Mourão é de 103.237 hectares.
A estimativa inicial do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), era de uma produção regional de 320.035 toneladas de trigo. Porém, devido a problemas climáticos o volume deverá ser cerca de 23% menor, cerca de 73.417 toneladas a menos
De acordo com o Deral, a região tem áreas com capacidade de produzir até 3.100 quilos de trigo por hectare, caso a cultura obtenha condições climáticas favoráveis de desenvolvimento do início ao fim do ciclo. Até o momento, 36,3% da produção, o equivalente a 90.600 toneladas, foram comercializadas pelos produtores. A saca de 60 quilos do cereal está cotada em média a R$ 88,00.
Conforme o último boletim conjuntural divulgado pelo Deral, na semana passada, a nova projeção de produção de trigo aponta para um volume de 3,2 milhões de toneladas, 289 mil toneladas abaixo da estimativa de setembro e praticamente igual ao volume obtido em 2020.
“Apesar de novos problemas climáticos ocorridos em outubro como acamamento e perda de peso de grãos devido às chuvas, esses não foram o principal motivo da revisão. Havia grande expectativa quanto a um aumento mais intenso das produtividades conforme a colheita evoluísse, o que não se confirmou em função dos efeitos da seca”, informou no boletim o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho.
Segundo o Deral, em relação ao potencial inicial a quebra no estado chegou a 19%. “Isto significa que o Brasil terá que importar um volume maior para suprir suas necessidades, em um momento de alta volatilidade do dólar e de preços internacionais de trigo que se mantêm em patamares mais altos que nos últimos sete anos”, informa o boletim.
Ao contrário de outros produtos, o pão vem contribuindo positivamente para não encarecer a cesta básica, o que pode se tornar cada vez mais difícil se não houver uma mudança de direção do câmbio ou do preço da commodity, prevê o Deral.