Com aumento de queimadas, órgãos lançam campanha de prevenção
Órgãos e entidades do Estado e do setor privado lançaram esta semana uma campanha de prevenção e combate aos incêndios florestais. Ela tem a intenção de alertar a população sobre o perigo e as consequências que um incidente como esse traz para a natureza e também para as comunidades envolvidas, bem como mostrar quais ações podem causar incêndios e o que fazer ao avistar um foco.
Na região de Campo Mourão, este tipo de ocorrência também aumentou. A TRIBUNA solicitou dados mais detalhados junto ao Grupamento dos Bombeiros na última semana, mas até o momento não teve um retorno.
De acordo com o Corpo de Bombeiros do Paraná, 9 em cada 10 incêndios são provocados por irresponsabilidade humana. Essas ocorrências são mais comuns neste período de vegetação mais seca, baixa umidade do ar e estiagem, e principalmente nos dias após geada.
Atear fogo para limpar a vegetação, jogar lixo na beira de rodovias, acender fogueiras perto das árvores e fumar próximo a plantações são algumas das ações que podem dar início aos incêndios e trazer consequências graves.
Quem provoca um incêndio florestal, mesmo sem intenção, está cometendo um crime e pode ser penalizado com reclusão de dois a quatro anos e multa que varia entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões, dependendo do número de hectares afetados pelo fogo e dos danos causados à fauna e à flora.
Outra prática bastante preocupante, especialmente nesta época do ano, é a soltura de balões e a queima de lixo. Ambas são proibidas e configuram crimes, já que podem causar incêndios. Nesses casos, a pena pode chegar a quatro anos de prisão, além de multa. Nas Unidades de Conservação do Estado são proibidas as práticas de fogueiras pelos frequentadores.
A campanha é da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI), Defesa Civil, Embrapa Florestas, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), Instituto Água e Terra (IAT), Rede Nacional de Brigadas Voluntárias (RNBV), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR), Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) e Universidade Federal do Paraná (UFPR). Saiba mais em www.paranacontraincendioflorestal.com.
O que fazer
Ao avistar um foco de incêndio a orientação é de nunca tentar combater o fogo sozinho. Realizar este processo sem o treinamento adequado pode colocar a pessoa em perigo. A orientação é procurar um local seguro, avisar os vizinhos e acionar o Corpo de Bombeiros através do número 193.