Com benefício previdenciário ‘travado’, trabalhador envolvido em acidente precisa de ajuda

16 de setembro de 2024. Rua Nossa Senhora Aparecida, esquina com a Rua das Glórias, Lar Paraná, Campo Mourão. 18 horas. Neste dia, endereço e hora, Nivaldo Geraldo da Rosa, 45 anos, morador da Rua Licínio Rodrigues dos Santos, no Lar Paraná, teve sua vida de cabeça para baixo. Ele, que era servidor terceirizado da Sanepar, retornava para casa depois de mais um dia de trabalho quando teve sua motocicleta, uma Honda CG Titan, violentamente atingida por outra moto, uma Honda XRE, conduzida por um adolescente de 17 anos. Sofreu traumas gravíssimos. Foi socorrido. E conseguiu sobreviver. Já o rapaz que o atingiu não teve a mesma sorte. Morreu momentos depois de dar entrada no hospital.

Desde então a vida de Nivaldo mudou completamente. Ele, que era um homem trabalhador, cheio de energia e independente, hoje precisa da ajuda para as tarefas mais simples possíveis, como um banho, por exemplo. Não consegue nem mesmo ir ao banheiro para fazer suas necessidades fisiológicas. Faz uso de fraldas geriátricas. Consequências das graves sequelas do acidente. Não bastasse essa tragédia, hoje a família vem enfrentando outro drama: não consegue receber o auxílio-acidente previdenciário, um direito constitucional do trabalhador. O motivo: a burocracia sem fim deste País e também a falta de empatia e sensibilidade de quem opera o sistema. Estes dois fatores vêm dificultando o acesso do trabalhador ao benefício. Enquanto isso, a família, sua esposa, três filhos e ele próprio, vem sobrevivendo graças a ajuda de conhecidos e doações de igrejas. Eles realmente precisam de ajuda.

Para ajudar a família de Nivaldo é simples. Basta comparecer ao numeral 1016 da Rua Licínio Rodrigues dos Santos, no Jardim Lar Paraná com as doações. Neste momento a família precisa mais de proteínas, qualquer tipo de carnes, produtos de limpeza, e alimentos mais específicos às crianças, como biscoitos, leite, iogurte, entre outros. Roupas também podem ser doadas para as meninas filhas do casal. Elas têm 17, 7 e 2 anos de idade. Interessados podem ainda ajudar a família com quantias em dinheiro. Neste caso o contato pode ser feito diretamente pelo telefone: (44) 9.9710-8611, ou comparecendo diretamente ao endereço citado acima. Quem puder ajudar com qualquer quantia em dinheiro também pode fazer depósito na conta Chave PIX: 44997108611 (Célia Correia dos Santos).

Ainda nesta sexta-feira (27), a cunhada de Nivaldo, Tânia, que mora fora e veio à cidade para ajudar a família, retornou à agência bancária do Itaú, no centro de Campo Mourão, junto da esposa da vítima em uma última tentativa de receber o benefício. Mas retornaram para casa de mãos abanando. Mesmo explicando a situação de incapacidade da vítima à gerência do banco, não houve acordo. O dinheiro continua retido. O banco nem mesmo possibilitou o envio de um funcionário à residência para confirmar a versão da família para liberação do pagamento.

Para piorar a situação, a família foi alertada que se houver o terceiro depósito e o dinheiro não for sacado, o montante dos três pagamentos retornará aos cofres federais. “Acontece que meu cunhado está inconsciente. Ele não tem raciocínio nenhum e não consegue fazer nem a própria assinatura”, falou Tânia.

Ela explicou que foi feito pedido do auxílio-acidente junto ao INSS em nome de Nivaldo, mas como ele está inconsciente e não consegue nem mesmo assinar o próprio nome, os pagamentos depositados não foram liberados. Estão bloqueados no banco. Com isso, a situação financeira da família está um caos. Tânia informou ainda que uma procuração foi encaminhada a um juiz de direito buscando liberação do auxílio, mas o magistrado ainda não assinou o documento. Da mesma forma foi feito também um pedido de tutela via INSS, mas o órgão também não deu resposta.

Sem qualidade de vida

Tânia informou que após três meses internado, o cunhado recebeu alta médica recentemente e está em casa, mas sem qualidade nenhuma de vida porque não vem recebendo o tratamento adequado, como fisioterapia, o mais importante deles. Ela disse que enfermeiras da Saúde estão prestando acompanhamento, mas apenas com atendimento básico. O município também vem fornecendo fraldas geriátricas e próprios conhecidos com doações. “Ele está em casa em situação de cuidados paliativos. O profissional que realmente ele precisa, que é fisioterapeuta, não tem. O município alega que o profissional está de férias. Então ele está com as pernas e braços bem atrofiados com a situação piorando dia após dia”, preocupou-se.

A cunhada de Nivaldo explicou que a família vem recebendo ajuda com alimentação básica. “Graças a Deus arroz e feijão não tem faltado”, agradeceu. Mas ela pede que quem puder ajudar com doação de qualquer tipo de carne, produtos de limpeza, ou até mesmo biscoitos, iogurte ou leite para as crianças, especialmente para a filha dele, de 2 anos, toda ajuda é bem vinda. As outras crianças da família também são meninas de 12 e 7 anos. Doações de roupas e calçados para elas também podem ser feitas.

Outra preocupação da família é com a conta de água e luz. Principalmente essas não param de chegar. As que tinham atrasadas foram pagas por meio de doações. Mas a preocupação continua com as que estão por vir, já que não se sabe quando conseguirão ter acesso ao dinheiro do auxílio. Por sorte a família tem casa própria. Ou seja, não tem gastos com aluguel.

“Só reforçando: o que está faltando mesmo são alimentos como carne, materiais de produtos de limpeza e algumas outras contas que continuam correndo e minha irmã não consegue pagar porque o dinheiro do benefício está retido no banco”, ressaltou Tânia, ao comentar que jamais imaginou que poderia chegar a este ponto. “Sabemos que a situação não está fácil para ninguém, mas pedimos encarecidamente que quem puder ajude. Se quiser vir na casa da minha irmã para ver a situação de perto tem o endereço (veja abaixo). A casa está de portas abertas”, afirmou, ao comentar ainda que a esposa de Nivaldo também vem enfrentando problemas psicológicos com a situação do marido. “Ela não teve nenhum auxílio psicológico. Está muito abalada depois de tudo o que aconteceu”, preocupou-se.

Sobre a família do rapaz que causou o acidente, Tânia disse que sua irmã preferiu não fazer contato ou cobrar algum tipo de reparação já que se trata de uma família “bastante humilde”. “Ela sabe que eles não têm condições nenhuma de ajudar”, enfatizou.

O acidente

O acidente que deixou Nivaldo com graves sequelas aconteceu por volta das 18 horas de segunda-feira, 16 de setembro na Rua Nossa Senhora Aparecida, esquina com a Rua das Glórias, no Lar Paraná.

Um adolescente de 17 anos conduzia uma motocicleta Honda XRE, quando bateu na Honda CG Titan 160cc, no cruzamento das duas ruas. A Titan era conduzida por Nivaldo, funcionário terceirizado da Sanepar.

Com a força da batida, o adolescente foi arremessado contra o portão de uma residência que caiu, sofrendo ferimentos gravíssimos. Ele foi socorrido por equipes do Samu e Corpo de Bombeiros, mas morreu logo após dar entrada no hospital. Nivaldo também caiu na calçada sofrendo ferimentos gravíssimos. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado a uma unidade hospitalar, recebendo alta recentemente.

Como ajudar e o que a família mais precisa

Para ajudar a família de Nivaldo é simples. Basta comparecer ao numeral 1016 da Rua Licínio Rodrigues dos Santos, no Jardim Lar Paraná com as doações. Neste momento a família precisa mais de proteínas, qualquer tipo de carnes, produtos de limpeza, e alimentos mais específicos às crianças, como biscoitos, leite, iogurte, entre outros.

Roupas também podem ser doadas para as meninas filhas do casal. Elas têm 17, 7 e 2 anos de idade. Interessados podem ainda ajudar a família com quantias em dinheiro. Neste caso o contato pode ser feito diretamente pelo telefone: (44) 9.9710-8611, ou comparecendo diretamente ao endereço citado acima.

Quem puder ajudar com qualquer quantia em dinheiro também pode fazer depósito na conta Chave PIX: 44997108611 (Célia Correia dos Santos)