Com vazio sanitário em vigor, produtor deve redobrar monitoramento na propriedade
Com o vazio sanitário da soja em vigor até o dia 10 de setembro – teve início no dia 10 de junho- a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), núcleo de Campo Mourão, orienta os produtores rurais para que redobre a atenção em suas propriedades para eliminação de plantas vivas da soja.
O alerta é que em alguns casos, a soja tiguera (voluntária) pode passar despercebida e que estes casos também podem acabar em multa ao produtor. “Nesse período, fica proibido cultivar, manter ou permitir a presença de plantas vivas de soja em qualquer estágio vegetativo”, alerta. Caso constatada a presença de plantas vivas de soja em propriedades, o responsável poderá ser penalizado à multa que varia de R$ 4,8 mil a R$ 9,6 mil.
O valor pode ser aumentado em caso de agravantes, como reincidência, por exemplo. Além de multa, os produtores estão sujeitos a outras sanções como: proibição do comércio de sua produção, interdição da propriedade e ainda vedação do crédito rural. “O produtor rural já sabe de sua obrigação. Ele está habituado ao vazio sanitário”, observa o engenheiro agrônomo, José Alcir de Oliveira, fiscal da Adapar em Campo Mourão.
O vazio sanitário considera a importância econômica da cultura da soja e os prejuízos causados pela ferrugem asiática. Por isso, medidas sanitárias são adotadas pelo sistema oficial de Defesa Sanitária Vegetal de forma efetiva e constante. A prática beneficia o produtor, que terá o aparecimento dos primeiros focos da doença cada vez mais tarde, e dessa forma necessitará de menos aplicações de fungicidas para o controle da ferrugem.
No Paraná, a Portaria da Adapar n.º 516/2022, de 01/02/2022, estabelece o período do vazio sanitário e outras providências, entre elas a proibição do plantio de soja sobre soja na mesma área e mesmo ano agrícola e determina que a colheita e a interrupção do ciclo da cultura ocorram até o dia 15 de maio de cada ano.
A ferrugem asiática é causada pelo fungo Phakospora pachyrhizi. Devido à severidade do ataque, disseminação, custos de controle e o potencial de redução de produtividade da lavoura, que pode chegar a 90%, é considerada a principal doença da soja. As ações de fiscalização pela Adapar continuam mesmo durante a pandemia da Covid-19, pois as pragas permanecem ativas e a agricultura segue o calendário normal de plantio, manejos fitossanitários e colheita.