Comcam chega a 177 confirmações de dengue e 1.762 notificações
Novo boletim atualizado, divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde do Paraná (Sesa), aponta para 177 casos confirmados de dengue na região de Campo Mourão. Além disso, outros 805 casos prováveis estão em investigação. Há também 1.762 notificações.
Pelo boletim da Sesa, são 141 confirmações. Porém, considerando os números da Secretaria da Saúde de Campo Mourão, que confirma 102 casos, enquanto a Sesa contabiliza 66, a Comcam totaliza 177.
Do total de pacientes infectados, 129 são autóctones, ou seja, contraíram a doença no seu município de origem. O restante das confirmações são importadas, moradores que viajaram e voltaram para região contaminados. A preocupação é com a alta infestação do Aedes aegypti em alguns municípios da Comcam, inclusive em Campo Mourão.
Os casos de dengue por cidade são: Barbosa Ferraz (5); Boa Esperança (1); Campo Mourão (66, divulgados pelo Estado, mas Campo Mourão divulga 102); Corumbataí do Sul (1); Engenheiro Beltrão (2); Goioerê (4); Luiziana (1); Mamborê (1); Moreira Sales (3); Peabiru (1); Rancho Alegre D’ Oeste (3); Roncador (1); Terra Boa (47); e Ubiratã (5).
“Grande parte da população está focada apenas nos cuidados com a Covid-19 esquecendo de prevenção contra a dengue que também é uma doença perigosa e pode levar o paciente à morte. Com as chuvas mais frequentes e o calor dos últimos dias, o morador deve redobrar os cuidados e fazer a varredura diária para limpeza em seus quintais”, alertou o chefe da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira. Recentemente, os municípios participaram de reunião com a 11ª Regional para alinhar e intensificar as ações de combate à dengue.
Em Campo Mourão, onde os números são mais altos em comparação ao restante da região, o setor de Endemias tem intensificado as ações de combate a proliferação do mosquito Aedes aegypti, com bloqueios, pulverização, caminhadas ecológicas, além do trabalho diário dos agentes. Neste sábado (26), haverá mais uma caminhada em parceria com a Unimed e também pulverização no Colégio do distrito de Piquirivaí.
Na próxima semana está prevista a pulverização com camionete nas oito localidades com maior número de casos confirmados: Santa Nilce, Aeroporto, Bandeirantes, Vila Urupês, Novo Horizonte, Aurora, Alvorada e distrito de Piquirivaí. A pulverização vai abranger 308 quarteirões.
“Dois dias antes da pulverização serão divulgadas as orientações para que os moradores adotem as medidas de prevenção, como cobrir gaiolas de aves e locais de criação abelhas, bem como bebedouros de animais”, ressalta a coordenadora do trabalho de campo, Marinalva Ferreira da Luz.
A transmissão da dengue acontece através da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, que provoca sintomas como dor nas articulações, no corpo, na cabeça, náuseas, febre acima de 39ºC e manchas vermelhas no corpo.
As picadas pelo mosquito da dengue acontecem geralmente nas primeiras horas da manhã ou no final da tarde, especialmente na região das pernas, tornozelos ou pés. Além disso, a sua picada é mais comum durante o verão, sendo por isso recomendado usar repelentes no corpo e inseticidas na casa, para proteção.
No Paraná, conforme o boletim semanal da dengue, são 33.629 casos suspeitos, com 4.489 confirmações. São 1.678 casos a mais que o informe anterior. O novo período sazonal da doença iniciou no dia 1º de agosto e deve seguir até julho de 2022.
Até o momento, 345 municípios registraram notificações de dengue, destes 210 confirmaram a doença, sendo que 165 municípios registraram autoctonia, ou seja, a dengue foi contraída no município de residência. Há ainda, 7.272 casos em investigação e o registro de um óbito.
Historicamente, os meses de março, abril e maio são os meses em que são registrados os maiores números de casos de dengue no Paraná. “Precisamos da atenção da sociedade para a observar o seu domicílio, remover o criadouro e cuidar do seu quintal, do seu bairro, da sua cidade”, ressaltou a Coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte.