Comcam se aproxima de 7 mil casos de dengue e Saúde alerta população
Boletim semanal da dengue publicado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aponta para 6.778 casos confirmados da doença na região de Campo Mourão. Os dados são acumulados desde agosto do ano passado. Da semana passada para esta foram 310 novas confirmações. A 11ª Regional de Saúde faz um alerta à população para os cuidados de prevenção ao vírus.
De acordo com os dados, Terra Boa tem 2.957 casos acumulados, sendo a cidade com maior número de confirmações na Comcam. Em seguida está Campo Mourão, com 785, Ubiratã (763) e Corumbataí do Sul (612). Atualmente, todos os 25 municípios de abrangência da Regional de Saúde têm confirmações de dengue.
“Algumas pessoas já não tinham cuidado contra a doença e com a pandemia da Covid-19 pioraram ainda mais, já que o foco mudou”, lamentou o chefe da 11ª Regional de Saúde, Eurivelton Wagner Siqueira. Ele pede à população que aproveite o feriado desta quinta-feira (16) para fazer uma varredura em seus quintais, uma vez que a maior parte dos focos é encontrada em ambientes domiciliares.
Conforme o boletim da Sesa, os casos por município são: Altamira do Paraná (5); Araruna (48); Barbosa Ferraz (279); Boa Esperança (270); Campina da Lagoa (41); Campo Mourão (785); Corumbataí do Sul (612); Engenheiro Beltrão (31); Farol (18); Fênix (41); Goioerê (80); Iretama (9); Janiópolis (10); Juranda (20); Luiziana (25); Mamborê (333); Moreira Sales (47); Nova Cantu (6); Peabiru (52); Quarto Centenário (186); Quinta do Sol (16); Rancho Alegre D’ Oeste (102); Roncador (42); Terra Boa (2.957) e Ubiratã 763.
“Infelizmente, apesar do frio que deveria contribuir para redução, os casos não param de aumentar. Isso deixa o cenário cada vez mais preocupante mesmo com os municípios adotando várias ações de combate e prevenção ao Aedes aegypti”, lamentou Siqueira.
Levantamento entomológico realizado pelos municípios e informado à Secretaria da Saúde, mostraram que criadouros como lixo (recipientes plásticos, garrafas, latas), sucatas em pátios e ferros-velhos, entulhos de construção, são os principais depósitos passíveis de remoção e representam 38,2% dos criadouros encontrados.
O segundo grupo mais relevante para o ciclo de vida do mosquito são depósitos móveis como vasos e frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes de geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósito de construção (sanitários estocados, etc.) e objetos religiosos. Outro depósito importante que corresponde a 16,5% dos criadouros são os locais de armazenamento de água, no solo, como as cisternas e caixas d’água.
As arboviroses (dengue, zika e chikungunya) são transmitidas pela picada do Aedes aegypti. É necessário ficar atento a possíveis criadouros do mosquito e, assim, eliminar esses possíveis locais, para evitar a propagação das doenças. “É fundamental que a pessoa identifique os sintomas das arboviroses para buscar o serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequado, o quanto antes”, frisou o chefe da Regional de Saúde.
Os principais sintomas da dengue são: febre alta (39º a 40º C) de início repentino, com duração máxima de 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores no corpo, prostração, fraqueza, ou erupções cutâneas.
Paraná
O Paraná confirmou nesta semana a morte de mais dez pessoas pela doença. São quase 97 mil casos confirmados. Entre os mortos estão três mulheres e sete homens, com idades entre 28 e 93 anos, sendo que cinco deles tinham comorbidades. Nenhum é morador da região. Até o momento, são 211.229 casos suspeitos, com 96.956 confirmações, em 349 municípios. Segundo a Saúde, 315 registraram autoctonia, quando a dengue é contraída no município de residência.