Construções e reformas no cemitério elevam faturamento de marmorarias e pedreiros em CM
Essa época do ano é considerada a safra das marmorarias e pedreiros que executam serviços no Cemitério Municipal São Judas Tadeu, em Campo Mourão. Como vence no próximo dia 22 de outubro o prazo dado pela prefeitura para obras e reformas de túmulos, a procura pelos serviços aumenta em cerca de 60 por cento. Consequentemente, também eleva o faturamento de quem trabalha no ramo.
O hábito de deixar as coisas para a última hora faz com que o volume de serviços cresça ainda mais nesta semana. Nessa época temos que contratar mais funcionários para dar conta, mas é o melhor período do ano para nossa atividade, afirma João Domingos, sócio-proprietário de uma marmoraria que fica em frente ao Cemitério. Segundo ele, em período normal, a empresa faz de 3 a 5 túmulos por mês. Nesse mês de outubro pegamos mais de 20, afirma Domingos.
Além de vender o produto, a maior parte das marmorarias também executa o serviço no Cemitério. O cliente contrata o serviço e recebe pronto, explica o empresário, ao acrescentar que dependendo do túmulo pode ficar pronto em menos de uma semana. Os preços variam conforme o tamanho do jazigo e o material utilizado. Um túmulo simples, custa entre 2 a 3 mil reais. Os jazigos em torno 5 a 7 mil, mas o limite é o gosto do cliente, acrescenta. Segundo ele, o material mais solicitado é o granito.
Pedreiros que prestam serviços no Cemitério não costumam revelar números do faturamento, mas admitem que nessa época o trabalho chega a triplicar e nem conseguem dar conta da procura. É o caso de Sérgio Lourenço, que há 10 anos trabalha quase que diariamente abrindo sepulturas e fazendo túmulos. Aumenta muito o serviço e o movimento de pedreiros aqui é muito maior nessa época, afirma.
Segundo ele, o custo de uma carneira simples é de R$ 600,00. Cerca de cinco pedreiros terceirizados trabalham no Cemitério Municipal. Mas quem quiser pode também contratar outros, como fez Sebastião de Almeida, que levou dois pedreiros conhecidos para fazer um jazigo no túmulo do filho dele.
Serviços devem ser autorizados e
limpeza é por conta do responsável
O titular responsável pelo túmulo deve assinar uma autorização na administração do Cemitério para serviços de construção ou reforma. O pedreiro responsável também assina um documento em que se compromete a fazer a limpeza do local ao concluir o serviço.
Embalagens e restos de materiais de construção devem ser removidos. Tem que deixar tudo limpo, inclusive se sujar o túmulo vizinho, explica a responsável pela administração do Cemitério, Janete Iori. Ela disse que não fez um levantamento sobre o número de construções e reformas no mês de outubro, mas afirma que todos os dias tem serviço concluído e em fase inicial. O pessoal sempre deixa para a última hora, afirma.
Nesta semana a prefeitura também está executando serviços no local com vistas ao Dia de Finados, como pintura do muro, limpeza das ruas, roçadas e reparos nos banheiros. O prazo para obras e reformas termina na próxima semana, dia 22. Já a pintura de túmulos, ornamentação e limpeza em geral são permitidos até dia 31. No dia Finados (2 de novembro), é proibido qualquer espécie de serviço no interior do Cemitério.
Floriculturas fazem reservas
e até enfeitam os túmulos
Outro segmento que também fica aquecido nessa época é o das floriculturas. Na maioria das empresas do ramo é possível reservar para garantir o produto na véspera Dia de Finados. Assim como as marmorarias, as floriculturas mais procuradas também têm que contratar funcionários nessa época para dar conta da demanda.
Contratei quatro pessoas para ajudar no atendimento, explica a empresária Nina Silveira, ao acrescentar que a procura aumenta acima de 70 por cento. Além das vendas na loja, ela também oferece a opção de entregar o túmulo enfeitado. No Dia de Finados a pessoa nem tem que se preocupar em levar as flores. Já vai encontrar o túmulo ornamentado, ressalta Nina. O custo varia de R$ 120,00 a R$ 150,00.
Segundo ela, o foco da floricultura são arranjos com flores variadas, como rosas e lírios. O produto é comprado em São Paulo. As flores artificiais são bastante procuradas por conta do problema da dengue, disse a empresária. Essas flores são encontradas a partir de R$ 3,50.
Em outra floricultura da área central, a funcionária Thais Schulhan diz que as flores mais vendidas são os crisântemos nas cores branca e amarela. Os pedidos dobram para o Dia de Finados, afirma. Por isso, a recomendação é que o cliente reserve antecipadamente. Quem compra antes consegue produto de melhor qualidade e até atendimento. Se deixar para última hora não vai achar, adverte.
O vaso de crisântemos é vendido a R$ 23,00. Sem embalagem custa R$ 18,00. Já o buquê de rosas pode ser encontrado a R$ 74,00. A orientação da administração do Cemitério aos visitantes é não levar flores ou vasos que acumulem água para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças.