Covid faz elevar média de sepultamentos em Campo Mourão

O número de pessoas mortas em razão da Covid-19 fez elevar a média de sepultamentos no Cemitério Municipal São Judas Tadeu, de Campo Mourão. Somente neste mês de maio, até esta quarta-feira (26), foram 85 sepultamentos, dos quais 35 vítimas de Covid. “Está uma média de três sepultamentos por dia”, disse a administradora do Cemitério, Janete Iori. 

Foram sepultadas ainda 41 pessoas que tiveram morte natural, 4 por causa indeterminada, 2 por acidentes de trânsito, 2 por homicídio e uma por suicídio. “Tivemos ainda dois moradores de Campo Mourão sepultados em outras cidades, mas que também tem que ser feito o registro aqui”, explica Janete.

Ela ressalta que o Cemitério atende 24 horas por dia e mesmo com o lockdown não tem como fechar. Os sepultamentos de defuntos com Covid também exige adequações, inclusive em relação ao horário. “Há casos que o falecimento ocorre à tarde e aí, como não tem velório, algumas vezes tem que extrapolar o horário”, explica, ao acrescentar que os funcionários que fazem o sepultamento também tem que estar devidamente equipada com EPIs recomendados.

Desapropriações

O Cemitério de Campo Mourão há anos enfrenta falta de espaço para novos túmulos. Por isso a prefeitura tem realizado desapropriações de lotes cujos responsáveis deixam abandonados por muito tempo. As desapropriações estão asseguradas por lei desde 2012. Este ano já saiu uma lista de desapropriação de 23 túmulos. Mesmo assim, essa opção também já está atingindo o limite.

 “Já estamos em busca de uma área e contratação de um projeto para construção de um cemitério parque. Tudo isso começa pela busca de um terreno, que já temos em vista, lembrando que para a construção é preciso obedecer uma série de exigências em relação a leis ambientais”, explica o secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Ireno dos Reis Pereira. 

Enquanto uma nova área não é viabilizada, Ireno diz que existe ainda um “plano B”, que envolve a parceria com o Grupo Prever, que mantém um Cemitério particular, onde a prefeitura  tem 100 lotes, dos quais cerca de 40 já estão ocupados.