Educador Físico alerta para importância da atividade física na 3ª idade
A pandemia trouxe grandes transtornos e medo para a população. Há mais de dois anos os idosos ficaram isolados, muitos dentro de suas casas, sem atividades físicas, mobilidade que contribuíram para problemas físicos, emocionais e cardíacos. O professor de Educação Física Rafael Godoi do Sesc de Campo Mourão fala sobre a importância da atividade física para a terceira idade.
“O exercício físico para o público idoso é fundamental, pois fortalece a musculatura, ossos e sistema imune, além contribuir para a prevenção de doenças cardiovasculares e metabólicas. A função cognitiva é melhorada quando este público frequenta atividades sistemáticas de ginástica. Sobretudo, duas variáveis de extrema importância são verificadas: que é a melhora na autonomia para as realizações de atividades diárias, como também o convívio social otimizado, que diminui a percepção de solidão e também casos de depressão nesta faixa de idade”, falou ele.
E como se livrar do sedentarismo? Qual o tempo ideal para uma pessoa realizar a sua atividade física? Professor Rafael responde: “Depende muito do nível de sedentarismo de uma pessoa. Cada indivíduo responde de uma forma e possui uma necessidade. A Organização Mundial da Saúde recomenda de 150 a 300 minutos por semana de atividade física moderada ou de 75 a 150 minutos de atividade física intensa. Cabe lembrar que a percepção de intensidade é individual. O que é intenso para um indivíduo pode não ser para o outro”, explicou.
Segundo o profissional, a alternância entre exercícios aeróbios e de força são indicados de forma generalizada para as pessoas praticarem. “Após os 60 anos, a perda da massa muscular (sarcopenia) se acelera e o treinamento de força é uma boa sugestão para retardar este processo e, em alguns casos, até reverter parcialmente a perda de massa muscular”, orientou.
E os exercícios em casa durante a pandemia, como devem ser feitos? Rafael, responde novamente: “A pandemia afetou demais este público, e muitos deixaram de ir à academia como maneira de se prevenir do contato com o vírus. Posso citar o programa TSI do Sesc ( Trabalho Social com o Idoso), que em parceria com a área de Desenvolvimento Físico Esportivo, ofertou gratuitamente treinos que poderiam acontecer em casa, utilizando-se de cadeiras, cabos de vassoura, pacotes de feijão e arroz”, falou. “Todos os exercícios foram descritos de forma simples e clara, além de fotos das execuções corretas”, emendou.
A orientação é sempre que a pessoa procure um profissional de Educação Física especializado para melhor orientação. Ele saberá suas necessidades e também os limites para a execução saudável de um programa de exercícios físicos. “São várias os benefícios de exercícios físicos. Os principais são a melhora nas capacidades cardiorrespiratória e força, que estão relacionadas à resistência e independência. Tais capacidades físicas estão diretamente relacionadas a doenças cardiovasculares e também diminuição na incidência de acidentes por quedas. Importante lembrar no impacto metabólico e imune. O exercício previne doenças como diabetes, colesterol elevado e fortalece o sistema imune, que acaba não sendo atacado facilmente por vírus e bactérias. Podemos citar várias doenças que podem ser evitadas, mas as principais são: diabetes, dislipidemias, hipertensão, infarto, depressão, dentre tantas outras”, afirmou Rafael.