Falsa psicóloga vai responder por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica
Uma mulher que se passava por psicóloga e atendia pacientes em Campo Mourão, responderá pelos crimes de exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica. O caso veio à tona nessa quinta-feira (27) e repercutiu no Estado.
“Ela trabalhava consultando e entrevistando pessoas, sabendo que não era psicóloga formada. Tem crime de exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica porque usava um carimbo falso com número de registro profissional que pertencia a outra pessoa”, comentou o delegado chefe da 16ª Subdivisão Policial de Campo Mourão, Nilson Rodrigues da Silva, que preside o inquérito.
De acordo com o delegado, a polícia está ouvindo mais pessoas e tenta descobrir se tem mais envolvidos no crime. “Fizemos apreensões de documentos e carimbos no local onde ela atuava. São provas materiais que vão fazer parte do inquérito policial e serão levadas à Justiça para que tenha reconhecimento e tome as medidas pertinentes ao caso”, frisou.
A denúncia foi levada também ao Ministério Público e Conselho Regional de Psicologia (CRP), que confirmou que o nome da acusada não consta no Cadastro nacional de Psicólogos (as).
Para exercer a profissão em Campo Mourão, a denunciada se utilizou do registro de uma profissional de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, que tem o primeiro nome de Gisela. Ela prestou consultas por pelo menos quatro anos. Em algumas situações, atendimentos remunerados. A mulher foi intimada pela Polícia Civil, mas ficou em silêncio.
A falsa psicóloga não tem ligação com a prefeitura, segundo a administração. Ela teria começado a fazer os atendimentos em um espaço cedido na Fundacam (Fundação Cultural de Campo Mourão) a um Centro de Desenvolvimento e Capacitação Profissional. Ela foi denunciada pela própria sócia.