Fila de espera por leitos covid bate recorde na região de Campo Mourão
A pandemia de coronavírus (Covid-19), toma proporções cada vez mais devastadoras na região de Campo Mourão. Nesta quarta-feira (26), a fila de espera de pacientes infectados com a doença por leitos hospitalares bateu recorde. Chegou a 63 pessoas. É o maior número desde o início da pandemia.
De acordo com a Unidade de Regulação de Leitos Macro Noroeste, dos 63 pacientes à espera de leitos na 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, 31 são por vagas de UTI e 32, enfermaria. Em toda a macrorregião noroeste, que engloba Regionais de Saúde de Maringá, Paranavaí, Cianorte, Umuarama e Campo Mourão os números são assustadores: são 263 pacientes estão à espera de leitos neste momento. 119 aguardam vaga de UTI e 144 de enfermaria.
Durante recente reunião com os prefeitos da Comcam, o chefe da Regional de Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira alertou que os números da Covid são extremamente preocupantes na região. Ele lamentou que alguns municípios estão inclusive enfrentando dificuldades para fornecimento de oxigênio medicinal aos pacientes, devido a alta demanda do produto no mercado com o grande número de internações.
Siqueira informou que a Regional de Saúde está triplicando a testagem para detecção do vírus na população. Segundo ele, os testes vêm demonstrando que de cada 2 pessoas uma está infectada. “Ou seja, a circulação do vírus está muito forte. Temos que quebrar esta circulação”, falou na ocasião. Ele apoia o lockdown nos municípios. Classifica a medida de 'amarga', mas diz que não há outro jeito de conter a disseminação do corona.
Mortes
Nesta terça-feira Campo Mourão bateu recorde também de mortes por Covid. Foram cinco em um único dia. Duas vítimas, um homem de 54 anos e outro de 58 estavam internados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) à espera de leitos de UTI.
Morreram também outro homem de 64 anos e duas mulheres de 75 e 80 anos. Estavam todos internados no Hospital Santa Casa. Campo Mourão tem desde o início da pandemia 206 óbitos. Apenas em maio, são 38 vidas perdidas para a doença.
A cidade tem ainda 220 casos suspeitos. Os leitos covid continuam superlotados nos hospitais da cidade. A ocupação de vagas na enfermaria está em 126%; UTI-SUS (129%) e 140% na UTI de convênios. Na Comcam são 29.681 casos acumulados até o momento, que resultaram em 634 vidas perdidas.