Fiscalização da prefeitura e PM dispersam festas e aglomerações. Teve multa de R$ 15 mil
A noite de sexta-feira (7) e início da madrugada deste sábado (8) foi de muito trabalho para as equipes da prefeitura de Campo Mourão que fiscalizam o cumprimento do decreto que estabelece normas de prevenção ao Covid-19. Em alguns locais foi necessário o apoio da equipe Rotam, da Polícia Militar, para dispersar pessoas que enfrentaram os fiscais. Um estabelecimento comercial foi multado em R$ 12 mil e um imóvel onde havia uma festa particular recebeu multa de R$ 15 mil.
Conforme o secretário municipal de Controle, Fiscalização e Ouvidoria, Cristiano Calixto, somente após as 17 horas um total de 21 denúncias atendidas pelo telefone 156 eram procedentes. “Na área central houve a colaboração do comércio, mas tivemos problemas em vários estabelecimentos nos bairros, especialmente no que se refere a fluxo de pessoas, falta de uso de máscaras e distanciamento”, comenta o secretário.
Um estabelecimento comercial do ramo de alimentos, já reincidente, recebeu uma multa de R$ 12 mil por descumprimento do horário de toque de recolher e aglomeração de pessoas. “Quando chegamos eles fecharam as portas, ficaram escondidos e não nos atendiam. A Polícia Militar teve que ameaçar derrubar a porta para que o proprietário viesse abrir”, relatou um dos fiscais que atendeu a ocorrência. Segundo ele, havia cerca de 30 pessoas no local, entre elas uma mulher que já foi contaminada pelo Covid-19.
No Conjunto Mário Figueiredo, um grupo de estudantes de Medicina realizava uma confraternização com som alto, aglomeração e consumo de bebidas em um imóvel particular. A festa foi denunciada por vizinhos. Nessa ocorrência, segundo o secretário, a multa foi de R$ 15 mil. Também nesse local os fiscais contaram com apoio da Polícia Militar.
Algumas confraternizações de famílias em residências também foram dispersadas, além de aglomerações em bares. No Parque do Lago e em outros locais da cidade foram flagradas pessoas bebendo de madrugada, promovendo algazarras e até fazendo necessidades fisiológicas em áreas abertas. “Nosso trabalho foi intenso até por volta das 2 horas da madrugada”, disse um fiscal.
O secretário lamentou a falta de consciência e o desrespeito de muitas pessoas em relação ao grave problema da doença. “É um absurdo o poder público ter que gastar dinheiro com combustível, pagar funcionário para trabalhar de madrugada por conta da irresponsabilidade dessas pessoas”, disse Calixto.
Ele lembra que as vagas de UTI e até de enfermaria da Santa Casa para o atendimento de pacientes contaminados já chegou ao limite e todo dia surgem novos casos. “Enquanto o poder público adota medidas de prevenção, os profissionais de saúde se desdobram e se arriscam para salvar vidas, temos uma parcela da sociedade que não está nem aí e pior que isso, colaborando para que a situação fique ainda pior”, completou o secretário.