Frente fria traz chuva a Campo Mourão e região nesta quinta, diz Simepar
A tão aguardada chuva está prestes a chegar à região a partir desta quinta-feira (9), conforme o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). O órgão prevê 25 milímetros para amanhã em Campo Mourão. Os últimos dias quentes e abafados também deverão dar lugar a queda brusca de temperatura na sexta-feira (10), quando estão previstos 8ºC graus. Para esta quinta, o clima já deverá estar mais ameno, com mínima prevista de 12ºC.
De acordo com o Simepar, há possibilidade de chuvas também no sábado (11), mas em volume bem menor: apenas 2,2 mm. No restante da semana, a temperatura variará entre 20ºC a 34ºC (máxima) e 8ºC a 17ºC (mínima). “Progressivamente o tempo está mudando sobre as regiões paranaenses devido ao avanço de uma frente fria pelo Sul do Brasil”, diz o meteorologista Reinaldo Olmar Kneib.
Nas regiões Oeste e Sudoeste do Paraná e na fronteira com o Paraguai, Argentina e divisa com Santa Catarina já há registro de chuvas com trovoadas. Contudo o volume registrado ainda é muito baixo, não passando dos 5,0 mm. O Simepar alerta para risco de temporais localizados com a entrada da frente fria na região. Há previsão de tempestades de descargas atmosféricas e rajadas de vento nas diversas áreas do Estado.
Déficit hídrico
Há mais de 70 dias não chove significativamente na região, o que tem agravando o déficit hídrico nos municípios. Para se ter ideia, agosto encerrou com chuvas 86,5% abaixo da média histórica em Campo Mourão. O esperado para o mês era 77 milímetros, porém as precipitações registradas somaram apenas 10,4mm. Junho e julho também tiveram chuvas abaixo da média.
A tendência é que setembro continue com chuvas abaixo da média, sem previsão de precipitações frequentes, conforme o Simepar. A média histórica para o mês é 145 milímetros. Porém, os prognósticos indicam volumes bem abaixo do esperado para o período.
A seca tem causado transtornos e prejuízos na área urbana e rural. No campo, os prejuízos são enormes. Para se ter ideia, na região da Comcam, a safra de milho teve uma quebra de 48%. A estimativa inicial de produção era de 2,4 milhões de toneladas. Porém, foi revisada para 1.195.227. Alguns produtores contabilizam prejuízos ainda maiores, que passam de 70%. No Paraná, em números gerais, a quebra na safra foi de 60%.
Na zona urbana, a principal preocupação é com o risco de desabastecimento de água potável. Em alguns municípios, como Goioerê e Peabiru, existe o risco de racionamento de água, caso as chuvas não cheguem logo. A cidade de Goioerê já enfrentou o mesmo problema ano passado. Além disso, outro perigo são as queimadas, que triplicaram em toda a região.