Infestação do Aedes aegypti em Campo Mourão atinge 6,6% e preocupa Saúde
O primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) do ano, realizado em Campo Mourão, aponta para um índice de infestação do Aedes aegypti de 6,66%, o que deixa a cidade com alto risco para epidemia de dengue. O tolerável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é 1%.
Os dados foram repassados à TRIBUNA na manhã desta sexta-feira (10), pelo presidente do Comitê Gestor da Dengue de Campo Mourão, Carlos Bezerra. “Nossa luta será grande nos próximos seis meses”, falou Bezerra, ao pedir a conscientização da população para o perigo. “Todos devem fazer a sua parte”, alertou.
De acordo com o levantamento, a região do Jardim Tropical II é a que enfrenta o maior índice de infestação: 19,61%. As outras regiões em situação mais crítica são: jardim Paulista (15,79%); Modelo (15,63%); Fortunado Perdoncini (14,63%); Aurora (12,77%); Centro (10,64%); Laura (10,26%); Pio XII (9,80%); Mario Figueiredo (9,68%); Cidade Nova (9,52%); Diamante Azul (9,43%); Ipe, Bandeirantes e Parigot de Souza (9,38%); Isabel (9,09%); Capricórnio (8,96%); Indianópolis (8,93%); Milton de Paula Walter (7,14%); Cidade Alta (6,90%); Aeroporto (6,45%); Vila Cândida e Cohapar (5,88%); Pq. São Francisco (5,71%); Flórida (5,56%); Nossa Senhora Aparecida (5,41%); Copacabana (5,17%); e Santa Cruz (4,26%). Todas estas regiões correm alto risco de epidemia.
Durante o levantamento foram pesquisados 1.817 imóveis, sendo encontrados 121 focos de dengue. A maior parte dos focos foi encontrada em residências: 85%; terrenos baldios (12%); e comércios (3%). Já os criadouros predominam em lixos como plásticos, vidro, papelão, e sucatas: 46%; piscinas (33%); vasos sanitários (13%); pneus (5%); tanques em obras, calhas, lajes (1%); e árvores ocas (2%).
Bezerra informou que Campo Mourão tem até o momento 7 casos importados de dengue. Ele disse ainda que há alerta máximos em algumas localidades onde está havendo o aumento de números suspeitos como nos jardins no Pio XII, Perimetral Tancredo Neves, entre o Novo Horizonte e Constantino; Flora II; Capricórnio e Fortunado Perdoncini. “O momento é de muita preocupação”, falou, ao comentar que o tempo, chuvoso e quente, está propício à proliferação do Aedes. “A atenção deve ser redobrada neste período”, acrescentou.