Jubileu de 2025: Igreja Ucraniana de Campo Mourão será um dos lugares santos

A Paróquia Santíssima Trindade de Campo Mourão foi designada pelo Eparca Dom Meron Mazur como local de peregrinação do Ano Santo por ocasião do Jubileu católico de 2025. A celebração oficial para inauguração do Jubileu na matriz aconteceu nesse domingo (29), reunindo religiosos, paroquianos e demais participantes.

A abertura oficial do Jubileu de 2025 aconteceu no último dia 24, quando o Papa Francisco presidiu a Celebração Eucarística na Praça de São Pedro, seguida do rito de abertura da “Porta Santa”, na basílica.

O Jubileu Ordinário celebra os 2025 anos de encarnação de Jesus Cristo, com o tema “Peregrinos da esperança”, seguindo o intervalo de 25 anos, conforme estabelecido pelo Papa Paulo II, em 1470. Os fiéis católicos acreditam que a abertura da “Porta Santa” simboliza a entrada em um tempo de graça e perdão.

O pároco da Igreja Ucraniana, padre Roberto Lucavei, explicou aos fiéis, em carta de convocação para a celebração inaugural do Jubileu na matriz, que a abertura da “Porta Santa” aconteceu em apenas cinco locais em todo o mundo, sendo na Basílica de São Pedro – no Vaticano –, na Catedral Basílica de São João do Latrão, na Basílica de Santa Maria Maior, na Basílica de São Paulo Apóstolo Fora dos Muros e na penitenciária de Rebibbia – em Roma.

Como nem todos podem realizar peregrinações a Roma para fazer a passagem pela “Porta Santa”, catedrais, basílicas, santuários e igrejas pelo mundo foram designados como lugares em que as pessoas podem visitar e cumprir os requisitos para a chamada “indulgência plenária”. Esta foi estendida pelo Papa aos bispos e sacerdotes para que concedam a indulgência aos fiéis de cada localidade.

Segundo os preceitos da fé católica, para receber a indulgência plenária, o fiel deve obrigatoriamente visitar o templo designado e cumprir determinados requisitos. Eles incluem confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do Papa.

Após a abertura oficial na matriz da Igreja Ucraniana de Campo Mourão, a paróquia começará a fornecer orientações às comunidades e grupos sobre como se preparar para as visitas, a partir de janeiro de 2025.

Cerimônia de abertura do Ano Santo também aconteceu na Catedral São José, após procissão saindo do Santuário Nossa Senhora Aparecida

Catedral

Da Diocese de Campo Mourão, também houve celebração de abertura do Ano Santo, nesse domingo (29), na Catedral São José. A cerimônia teve início em frente ao Santuário Nossa Senhora Aparecida. Em seguida, padres, diáconos, seminaristas, religiosos e um expressivo número de fiéis, vindos de diversas paróquias da diocese, realizaram uma procissão até a catedral.

Posteriormente, o administrador diocesano, padre Genivaldo Barboza presidiu a celebração da Santa Missa, concelebrada pelos padres da diocese. Outros locais de peregrinação da diocese serão anunciados em breve.

Jubileu

Em todo o mundo, o ano jubilar foi aberto nesse domingo (29). De acordo com o portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Papa Francisco deseja que esse momento seja uma “ocasião de reanimar a esperança”.

Na página de notícias da CNBB, o termo “jubileu” é relacionado ao nome em hebraico “yobel”. Tratava-se do chifre de carneiro que era usado para marcar o início do ano particular, convocado a cada 50 anos, conforme presente no livro do Levítico (25, 8-13).

A proposta apresentada no Antigo Testamento tinha a intenção de restaurar uma relação correta com Deus, com as pessoas e com a criação. Isso incluía a remissão de dívidas, a devolução de terrenos arrendados e o repouso da terra. “Na história da Igreja Católica, o primeiro Jubileu foi convocado pelo Papa Bonifácio VIII, no ano 1300”, explica a matéria especial sobre o Jubileu.

Por isso, o chamado Jubileu da Esperança, em 2025, será permeado por perdão, reconciliação com Deus e renovação espiritual, seguindo a origem histórica. O Papa Francisco, na Bula de Proclamação do Jubileu da Esperança, expressa que este será o momento “para oferecer a experiência viva do amor de Deus, que desperta no coração a esperança segura da salvação em Cristo”.