Mães denunciam suposto corte da educação integral em escola de CM, mas município nega

“O retorno [às aulas] está sendo tranquilo. Estou acompanhando as escolas pessoalmente”. A afirmação é da secretária de Educação de Campo Mourão, Tânia Caetano, ao comentar a volta às aulas, nesta segunda-feira (6) na rede municipal de ensino.

No entanto, a secretária, se disse surpresa ao ser informada pela própria reportagem da TRIBUNA de que algumas mães procuraram o jornal para denunciar o suposto corte na educação em período integral na Escola Mário Quintana. Diferentemente de algumas denúncias, ela negou que isso esteja ocorrendo.

“Nós mantemos o período integral nas mesmas escolas do ano passado. Não houve alteração alguma. Inclusive ampliamos, a partir de 2023 a Escola Clarinha também passou a atender os estudantes em período integral”, afirmou. No município, segundo Tânia, funcionam também em período integral as escolas municipais: Mário Quintana, Florestan Fernandes, Manoel Bandeira e Nikon Kopko.

Porém, conforme Bruna Gabrielly, uma das mães que relataram o caso, a situação não é a informada pela secretária. A mãe, inclusive, disse que transferiu a filha de escola depois da ‘confusão. “Assim como eu, várias mães saíram hoje cedo de casa achando que os filhos iriam estudar o dia inteiro. Cheguei lá [no Mário Quintana] e informaram que cortaram um ‘pouco’ do período. Mas não comunicaram antes”, lamentou.

Ela disse que ‘muitas mães’ deixaram a escola chorando com os filhos. Preocupadas com a situação. Falou ainda que alguns funcionários teriam feito ‘pouco caso da situação’. “A Yasmim não tem como ir para escola hoje [segunda-feira e amanhã [terça-feira] porque não tem transporte. Pedi a transferência dela. Só acho que podiam ter avisado com antecedência, mas esperaram os pais comprarem uniformes para avisar. Troquei de escola porque não tem como levar todo dia de carro”, acrescentou, revoltada, Bruna.

Renovação

Reafirmando que a educação em período integral no Mário Quintana continua sendo oferecida normalmente, a secretária Tânia Caetano informou que o que pode ter ocorrido é que provavelmente algumas famílias possam ter perdido o prazo de renovação de matrículas. O procedimento foi feito durante o mês de novembro, divulgado, segundo ela, ‘amplamente’ aos pais.

“Talvez é o que tenha ocorrido. Porém a família tem todo um período e conhecimento do que deve ser feito. Se perdeu o prazo não temos responsabilidade nisso. As famílias têm de estar preparadas e atentas a cumprirem o que é obrigatório. E o prazo de renovação da matrícula, no período correto, é uma destas obrigações”, ressaltou a secretária.

Secretária avalia retorno das aulas na rede municipal como tranquilo