Manifesto vai pedir justiça por morte de voluntária de ONG assassinada ao denunciar maus tratos
Um manifesto organizado pela presidente da Associação dos Protetores de Animais Independentes (PAIS) de Campo Mourão, Amanda Tonete, vai pedir justiça pela morte de Viviane Andrea dos Santos, 33, assassinada ao denunciar um homem por maus tratos a um cachorro.
O protesto será neste domingo (18), a partir das 8 horas, na Praça Munhoz da Rocha (Praça do Fórum). Os participantes estão sendo orientados a levarem seus cães para participar do ato. Denominado de “#JustiçapelaVivi”, o protesto tem como objetivo chamar atenção das autoridades pela prisão do responsável pela morte de Viviane e ao mesmo tempo à violência contra mulher e maus tratos aos animais.
“Viemos em uma sociedade que a cada dia a mulher vem sofrendo mais violência. Além disso, os casos de maus tratos a animais também aumentam diariamente. O que aconteceu com a Vivi não pode deixar passar em branco. Queremos Justiça. Por isso vamos fazer este manifesto, para que este crime não caia no esquecimento e o responsável seja preso e pague pelo seu ato”, comentou Amanda.
Viviane era voluntária da PAIS. Ela foi agredida por um vizinho após defender um cachorro. A vítima morreu no Hospital Santa Casa, na madrugada dessa quarta-feira (14).
Conforme a Polícia Civil, no dia 20 de setembro, Viviane, chamou a Polícia Militar (PM) e a PAIS porque o vizinho estava agredindo o cachorro dele com um pedaço de madeira. Os policiais que atenderam a ocorrência, no Jardim Paulista, não encontraram o suspeito no local, porém resgataram o animal ferido.
Horas depois do atendimento da PM, o suspeito invadiu a casa de Viviane e a agrediu na cabeça com um tijolo. A vítima foi socorrida e levada ao hospital Santa Casa em estado grave, com vários ferimentos na cabeça.
Viviane era voluntária a PAIS e cuidava de 12 animais que foram vítimas de maus-tratos. No dia das agressões, o suspeito do crime foi levado à delegacia, prestou depoimento e foi solto. Ele respondia a um inquérito por lesão corporal. Com a morte da vítima, segundo o delegado que cuida do caso, o homem poderá responder por homicídio ou lesão corporal seguida de morte.