Moradores do bairro Usina Mourão sofrem com quedas constantes de energia elétrica

Os cerca de 330 moradores que residem no bairro Usina Mourão vêm há anos sofrendo com a constante queda de energia elétrica. O local ocupado por chácaras, fica ditante 11 quilômetros da sede de Campo Mourão. Por lá, esteja o tempo firme ou chuvoso – neste segundo caso ainda pior-, relatam, a instabilidade da rede é problema recorrente. Esta semana, o morador Nilmar José Picentini, procurou a TRIBUNA, representando as demais famílias que residem no local, para denunciar o problema que, segundo ele, há décadas não é resolvido. Já a Copel, por outro lado, justificou que os desligamentos registrados no local são causados, ‘majoritariamente’, por temporais severos.

Piacentini explica que existem propriedades no local desde a década de 60 e que a maior parte da rede existente no bairro é antiga, ainda monofásica. Além disso, conforme ele, a rede ultrapassada impede proprietários de fazerem a expansão de investimentos no bairro. “Regular e constantemente, há muito tempo a gente vem sofrendo com a queda de energia elétrica na Usina. Já relatamos o problema à Câmara Municipal, à própria Copel e nada foi resolvido”, diz.

Um abaixo-assinado online – disponível no link: http://tinyurl.com/3kuk3xmt – foi criado pelos moradores relatando o problema. O documento já tem 87 assinaturas em que os moradores descrevem os mais diversos problemas. O que chama atenção, é que além da queda recorrente de energia elétrica, é a demora para que o serviço seja restabelecido em alguns casos. Os transtornos são inevitáveis.

Nesta sexta-feira (26), um documento denunciando o caso foi entregue também ao Procon de Campo Mourão para que adote as medidas pertinentes ao caso. “Inúmeros moradores estão registrando as ocorrências de instabilidades que ocorrem durante o dia, conforme iniciativa dos próprios moradores, para que fique caracterizado que é um problema generalizado e não pontual em cada residência”, pontua um trecho do dossiê entregue formalmente ao Órgão de Defesa do Consumidor que deverá acionar a Copel para se explicar.

“A verdade é que a qualquer momento, qualquer instante, com sol, chuva, vento, ou qualquer outra situação, inexplicavelmente a energia cessa”, reclama Piacentini. Segundo ele, somente em sua propriedade já sofreu prejuízos com a queima de um televisor além da perda de alimentos. Ele ressalta que a região é um bairro, os moradores, inclusive, pagam IPTU (Imposto Sobre Propriedade Urbana) ao município. “A gente entende que já poderia existir uma rede mais moderna”, opina, ao comentar que não dá mais para aceitar a situação. “Todos os moradores estão se unindo para buscar de veze uma solução para o problema. Chega de transtornos e descaso por parte da Copel”, critica.

Atualmente existem cerca de 400 propriedades no bairro. Entre 250 a 300 famílias residem efetivamente no local e vem todos os dias para trabalhar na sede da cidade. Nilmar, por exemplo, tem propriedade na Usina há 35 anos, construiu uma casa por lá há cerca de cinco. Segundo ele, durante todo este período houve o problema de queda contante de energia elétrica.

Outro lado

Sobre a reclamação de falta de energia no bairro, a Copel justificou à TRIBUNA que nos últimos meses, registrou desligamentos no local causados ‘majoritariamente’ por temporais severos, com incidência de raios e ventos fortes.

“A companhia ressalta que, em 2023, o Paraná enfrentou 24 temporais de grandes proporções que provocaram danos graves à rede elétrica. Trata-se do maior número de temporais registrados no Estado em um ano. A ação das intempéries provocou a quebra de 5.637 postes da rede da Copel no ano passado. 1.506 somente no Noroeste do Paraná, que foi a região mais castigada pelas intempéries climáticas no período”, informa em nota encaminhada ao jornal.

A Copel diz ainda que tem investido na modernização e automação da rede local. “Atualmente, ela conta com religadores automáticos, equipamentos capazes de restabelecer o fornecimento de energia em poucos segundos em caso de alguns tipos de desligamentos”, ressalta. No entanto, moradores contradizem a informação, dizendo que na prática, na maioria dos casos o reestabelecimento do serviço é demorado.

Ainda conforme a Copel, paralelamente, a Companhia irá programar serviços de inspeção e manutenção preventiva da rede no bairro. A iniciativa inclui vistoria dos componentes da rede e a substituição de equipamentos avariados, além da poda de árvores e roçada da vegetação adjacente.

Serviço

Um abaixo-assinado online criado por moradores está disponível no link: http://tinyurl.com/3kuk3xmt