Mutirão retirou grande quantidade de lixos e espécies invasoras do Cerrado de Campo Mourão
Um mutirão com cerca de 70 alunos e professores do Colegiado de Geografia da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Campo Mourão, retirou uma grande quantidade de lixos e espécies invasoras da Estação Ecológica do Cerrado do município.
A ação foi promovida durante toda a manhã de sábado (4) em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no domingo (5). A inciativa fez parte também de um programa de Educação Ambiental desenvolvido pelo curso de Geografia da Unespar. Pela ação, a universidade receberá alunos de escolas públicas e grupos organizados para debater a preservação do meio ambiente como forma de conscientização.
“A atividade ocorreu de uma forma muito satisfatória. Retiramos uma quantidade significativa de espécies invasoras e lixos”, informou o professor do Colegiado de Geografia da Unespar, Oséias Cardoso. A prefeitura fará o recolhimento dos materiais retirados da Estação com caminhões.
Além de professores e alunos, a ação contou também com a presença da secretária de Agricultura e Meio Ambiente de Campo Mourão, Shelly Miriam Fernandes Nogueira. Professor Oseias pediu à comunidade que evite o descarte de lixos em locais inadequados para que não cheguem em áreas de preservação como a Estação, por exemplo, evitando também que prejudique o meio ambiente . Ao término da ação, os voluntários almoçaram um prato típico do cerrado, com pequi colhido da própria Estação Ecológica.
O Cerrado de Campo Mourão existe há mais de 7,2 mil anos. O município chegou a ter cerca de 102 quilômetros quadrados do bioma. Mas com o passar dos anos a vegetação foi extraída deixando o município hoje com apenas 1,3 quilômetro de cerrado. Trata-se da menor Estação Ecológica do Sul do Brasil.
A Estação foi criada em 1987 tendo a área cercada em 1993. No local há elementos que só são encontrados em regiões de cerrado do estado de Goiás, como a árvore pequi, por exemplo. A área, localizada próximo ao Batalhão de Polícia Militar, equivale a um campo de futebol. A unidade de conservação possui centro de visitantes e laboratório de pesquisas, além de um herbário com amostras da vegetação local. A Unespar possui 30 anos de comodato para administrar o espaço.
A Estação funciona como um museu vivo desse bioma, no qual apenas pesquisadores são autorizados a entrar. No local já foram identificadas 240 espécies de plantas, algumas bem raras, como a de uma gramínea que só é possível ser encontrada ali.