Padre Jurandir recebe Título de Cidadão Benemérito do Paraná

O padre Jurandir Coronado Aguilar, que por muitos anos atuou em paróquias de Campo Mourão e região, inclusive passou pela Catedral São José, foi agraciado na noite dessa segunda-feira (9) com o Título de Cidadão Benemérito do Paraná, concedido pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Atualmente Aguilar é pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, no município de Jussara.

O título foi proposto pelo deputado Douglas Fabrício e assinado pelos parlamentares: Do Carmo, Evandro Araújo, Soldado Adriano José, Anibelli Neto, Tiago Amaral e Alexandre Curi. A entrega foi realizada na noite dessa segunda-feira (9), após a sessão plenária, no gabinete de Douglas, que fez um discurso de despedida da tribuna e não terá tempo para promover sessão solene.

O ato reuniu convidados e deputados subscritores do projeto de lei. Dentre os presentes, participaram da entrega do título ao padre os mourãoenses Gilmar Cardoso, José Luiz Gurgel, Jorge Tonet e Névio Hanel.

“O padre Jurandir tem feitos importantes em Campo Mourão, região da Comcam e no Paraná. Seu trabalho pastoral é exemplar e merece este reconhecimento do Estado do Paraná”, destacaram os autores da homenagem. Já padre Jurandir afirmou que é uma honra receber o título e que está feliz com a homenagem.

Padre Jurandir

Padre Jurandir Coronado Aguilar nasceu no município de Primeiro de Maio, no dia 8 de fevereiro de 1965. No ano de 1981 ingressou como seminarista no Seminário Paulo VI, da Arquidiocese de Londrina, onde concluiu o curso colegial no Colégio Positivo e fez o primeiro ano de filosofia no Instituto Filosófico-Teológico Paulo VI em 1983. Em dezembro do mesmo ano, veio pela primeira vez a Campo Mourão, onde se encontrou com o Dom Virgílio de Pauli e com o Padre José Brand, sendo ratificada a sua acolhida como Seminarista da Diocese de Campo Mourão, resultado de apresentação e conversa através do Padre Pedro Liss, então seminarista do último ano de teologia.

Por ocasião da ordenação presbiteral do Padre Pedro Liss, em Roncador, em 14 de janeiro de 1984, teve a oportunidade de conhecer melhor os padres da Diocese, demais seminaristas e participar da primeira convivência de seminaristas e padres diocesanos na propriedade do empresário Denir Daleffe (Pousada A Fazendinha). Continuou os estudos filosóficos no Seminário Nossa Senhora da Glória, em Maringá.

Na Semana Santa de 1984 fez sua primeira experiência pastoral na diocese, na Capela Boa Esperança, então pertencente à Catedral. Tendo sido dispensado no Seminário de Maringá, passou a ser acompanhado pelo Padre José Brand em Quinta do Sol e, depois, na Paróquia Nossa Senhora do Caravaggio, de Campo Mourão, onde permanecia durante todos os intervalos de férias de acadêmicas. Em 1986 ingressou no curso de teologia no ITESC, Instituto Teológico de Santa Catarina, em Florianópolis.

No dia 7 de outubro de 1989, juntamente ao seminarista Luiz Antonio Belini, foi ordenado diácono por Dom Virgílio de Pauli, na Paróquia Nossa Senhora do Caravággio. A ordenação presbiteral ocorreu no dia 16 de dezembro do mesmo ano. Os trabalhos na Diocese iniciaram-se com a reitoria no Seminário Diocesano São José (1990-1993), coordenador da Pastoral Vocacional e Grupos de Reflexão, a nível diocesano, pároco da Paróquia Sagrada Família no Bairro Cohapar, por dois períodos (1992-1996/2001-2006), reitor do Seminário Dom Virgílio de Pauli, em Cambé (2006-2013), professor de História da Igreja no Seminário de Teologia em Londrina (2005-2016) e na Pontifícia Universidade Católica – Campus de Londrina (2005-2016), pároco da Catedral Diocesana (2011-2023), além de participar dos conselhos de pastoral diocesana, conselho presbiteral e colégio de consultores.

A diocese favoreceu o privilégio de estudar em Roma na Pontifícia Universidade Gregoriana (1996-2001), onde fez mestrado e doutorado em História Eclesiástica, tendo a felicidade de receber o Prêmio Roberto Belarmino (2001), como melhor tese doutoral, e ter sua tese publicada pela própria universidade, sendo o primeiro brasileiro a receber tal condecoração. Ao retornar à diocese, residindo em Campo Mourão, dedicou seu ministério como professor de História da Igreja em Cascavel e em Londrina, sendo também o reitor do Seminário de Teologia Dom Virgílio de Pauli, em Cambé (2006-2013, 2017). No dia 21 de maio de 2004 foi empossado como membro efetivo da Cadeira 17, cujo patrono é Dom Virgílio de Pauli, da Academia Mourãoense de Letras, pelo então presidente Rubens Luiz Sartori.

Ao longo destes quarenta anos, tendo vivido em Campo Mourão, e aqui dedicado a maior parte do seu trabalho e, mesmo residindo em outras cidades manteve o contato e o trabalho pastoral em Campo Mourão. Na cidade também realizou, além das atividades pastorais e espirituais, as obras de edificação da igreja, casa paroquial, casa da pastoral e salão paroquial da Paróquia Sagrada Família, no conjunto Milton Luiz Pereira (Cohapar).

Nestes 12 anos atuou como pároco da catedral e, juntamente com os fiéis desta comunidade paroquial, foram realizadas inúmeras obras no templo diocesano, assegurando a sua estabilidade, manutenção e adequação às novas realidades litúrgicas, artísticas e histórica.