Preocupado com o futuro da Santa Casa, prefeito se reúne com vereadores
Preocupado com o futuro da Santa Casa, o prefeito Tauillo Tezelli convocou uma reunião na manhã desta segunda-feira (17), com os vereadores de Campo Mourão. A conversa abordou o histórico do hospital e, mais do que isso, a apreensão quanto à qualidade de Saúde da entidade – financeira também. “Antes da eleição pensamos em pedir uma intervenção estadual na Santa Casa”, disse ele.
A sugestão foi imaginada diante da saída do empresário Pedro Montans Baer e, por consequência, da falta de uma nova diretoria. “Acredito que a intervenção seria a saída definitiva ao caso da Santa Casa”, explicou. Uma vez atendida, a medida faria com que o hospital passasse a ser de responsabilidade do governo do Paraná.
No entanto, agora com uma nova direção, a ideia não tem mais sentido. “Agora já passou. Temos que apoiar a nova direção”, afirmou o vereador Pepita. Com a gestão plena em Saúde, o município também responde pelo próprio hospital. E isso é o que vem esquentando a cabeça de Tezelli, principalmente, por dívidas que não param de crescer.
“Hoje me sinto mais um secretário de Saúde do que propriamente o prefeito”, disse o prefeito. Para ele, o hospital não pode querer ser 100% SUS. Ao contrário. Segundo dados, quanto mais recursos advindos de convênios e particulares, melhor seria a “saúde” financeira da entidade.
Hoje, a Santa Casa mantém uma folha salarial com 585 colaboradores, com valor bruto aproximado de R$2milhões. Segundo o prefeito, por mês, a unidade acumula déficit de R$800 mil, com rombo atual de R$ 54 milhões.
“Em breve, o hospital terá que aumentar o salário de enfermeiras e técnicas de enfermagem, conforme lei aprovada. Os custos passarão a ser maiores ainda”, explicou. De acordo com os vereadores, os salários de alguns médicos da instituição já estão atrasados em até três meses.