Regional de Saúde afirma que empresário que reclama de burocracia não passou nas vistorias da Anvisa
O chefe da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Siqueira, manifestou-se sobre as críticas do empresário mourãoense Marcos Aurélio, que postou um vídeo no canal Youtube onde reclama da burocracia que segundo ele impede de colocar para funcionar sua indústria de medicamentos. Por conta disso, no vídeo ele ele faz ataques ao governo federal, Estado e município.
“A empresa dele não tem passado nas vistorias feitas conforme as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Toda vez que a empresa não passa nessa vistoria, ela vai pro final da fila e uma nova vistoria é agendada”, explica Eurivelton. A próxima vistoria na empresa dele, segundo o chefe da RS, está agendada pela Secretaria Estadual de Saúde para o dia 13 de janeiro de 2020.
Segundo Eurivelton, essa vistoria seria de responsabilidade do município de Campo Mourão, mas como o município não tem um técnico autorizado pela Anvisa, é feita por um técnico da Secretaria Estadual de Saúde, que vem de Curitiba. “Ele já esteve falando comigo diversas vezes. Ligou no meu celular e eu sempre atendi com toda atenção. E ele vem sempre com essa conversa para que a gente flexibilize. Essa reclamação é porque ele queria essa vistoria em dezembro, mas existe uma agenda do Estado”, completa Eurivelton.
O chefe da RS disse que desde as primeiras conversas o empresário sempre ameaça. “Ele disse que iria na imprensa, na justiça, que alguém teria que reembolsá-lo. Mas ele tem que entender que não se abre uma indústria farmacêutica de qualquer jeito. Os critérios da Anvisa são rigorosos e ele ainda não passou no controle de qualidade”, acrescenta.
Citada no vídeo, a prefeitura de Campo Mourão também enviou nota à imprensa na sexta-feira à tarde onde argumenta que o empresário falta com a verdade em relação às acusações. “O que compete a prefeitura de Campo Mourao foi feito, obedecendo às normais legais. A liberação de empresa deste ramo de medicamentos é de responsabilidade da Anvisa – governo federal”, reforça a nota, assinada pela Assessoria de Comunicação.
A indústria Santa Rita de Cássia produz solução fisiológica, água oxigenada, água boricada e álcool em gel, entre outros produtos. No vídeo, o empresário diz que ingressou na justiça por conta de prejuízos que está sofrendo por não conseguir colocar os produtos no mercado. No vídeo ele também faz várias críticas ao Congresso Nacional e ao sistema político em geral.