Saúde registrou 60 novos casos de Aids este ano na região
Nesta quarta-feira, 1º de dezembro, é o Dia Mundial de Luta contra a Aids, uma campanha voltada a reduzir o diagnóstico tardio de HIV e aumentar a população testada pelo menos uma vez na vida. Na região polarizada por Campo Mourão, composta por 25 municípios, foram registrados este ano 60 novos casos de Aids, dos quais 19 no município sede.
Em Campo Mourão, a data será marcada com testes rápidos realizados pela Secretaria de Saúde, através da Coordenação Municipal de IST e Aids, nas Unidades de Saúde, das 17 às 20 horas. A mobilização é denominada “Fique Sabendo 2021”. A programação inclui um treinamento para os profissionais de saúde da região que trabalham diretamente com a AIDS.
A enfermeira Ana Lúcia Cardoso ressalta que o ambulatório tem cadastrados atualmente 1.020 pacientes, dos quais 517 em tratamento. “A transmissão continua e por isso é muito importante a conscientização e prevenção”, ressalta Ana Lúcia, ao acrescentar que a partir do diagnóstico positivo, o portador terá acesso precoce à assistência adequada e gratuita, com consultas, exames e tratamento crônico, o que garantirá melhor qualidade de vida.
Tratamento
A notificação de casos de Aids passou a ser obrigatória no Brasil a partir de 2014. Através do Sistema Único de Saúde (SUS) o brasileiro que vive com HIV tem acesso gratuito aos mecanismos de tratamento da infecção: a prevenção, o diagnóstico e os medicamentos, que podem tornar o vírus indetectável – ou seja, impossibilitar a transmissão – e garantir a qualidade de vida.
Em termos de prevenção, o SUS atua em diferentes abordagens. Além de distribuir gratuitamente preservativos, o sistema também realiza testagens gratuitas, e recomenda que elas sejam feitas regularmente por todos os que têm uma vida sexual ativa. Existem, também, métodos de prevenção específicos para a parcela da população mais vulnerável ao vírus.
A distribuição dos medicamentos que tratam o HIV e evitam o enfraquecimento do sistema imunológico é garantida desde 1996. Desde 2013, as pessoas que vivem com o vírus podem passar a receber os medicamentos logo após o diagnóstico, antes mesmo de apresentar sintomas.
Hoje existem 37 combinações diferentes desses medicamentos. Essa combinação de três substâncias é o que popularmente recebe o nome “coquetel”. O médico é responsável por definir a melhor opção para cada paciente.