Segurança entorno de colégios de CM e região é reforçada desde 2022, afirma comandante

A tragédia ocorrida em Blumenau (SC), nesta quarta-feira (5), onde quatro crianças foram assassinadas em uma creche, a machadadas, por um criminoso de 25 anos, reacendeu a discussão sobre a segurança nas escolas. Na região de Campo Mourão, de acordo como comandante interino do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM), major Aguinaldo Gentil de Alencar, a segurança pública ao entorno de colégios estaduais, escolas municipais e creches já vem sendo reforçada desde 2022, seguindo ordem do comando geral da PM-PR.

Alencar lamentou o ocorrido em Santa Catarina. Descreveu o evento como uma “monstruosidade”. Segundo ele, para que crianças, adolescentes e bebês (em creches) fiquem seguras, a Polícia Militar está intensificando desde o ano passado patrulhas em frente às instituições de ensino de Campo Mourão e dos 19 municípios de abrangência do 11º BPM.

“O patrulhamento foi intensificado. Toda pessoa suspeita é abordada. Além disso, fazemos fotos de todos os locais e acompanhamento. O Paraná adotou esta medida mais rígida para garantir a segurança da comunidade escolar no Estado e estamos seguindo esta medida para prevenir os crimes”, destacou.

Além do patrulhamento ostensivo mais intenso da PM, diretores das instituições e responsáveis são orientados a manter o controle rígido da entrada de pessoas nos estabelecimentos de ensino. “Esperamos com isso proteger nossas crianças e adolescentes, garantindo que nossa comunidade escolar de Campo Mourão e região tenha o máximo possível de proteção”, destacou.

Ainda segundo o comandante, além do trabalho ostensivo nas ruas, os policiais que fazem parte da Patrulha Escolar fazem o monitoramento de redes sociais como intuito de encontrar possíveis ações premeditadas. Alencar pede a colaboração dos pais para que acompanhem a vida escolar do filho. Em caso de denúncias, a Polícia Militar pode ser acionada pelo número: 190.

Investigação

A Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) segue acompanhando o caso de um aluno de 16 anos de um Colégio Estadual de Arapongas, apreendido no dia 29 de março deste ano após sacar um revólver calibre 38 dentro da escola.

Segundo a Seed, a situação ocorreu durante uma conversa na sala das pedagogas após dois estudantes serem retirados de sala devido a uma discussão. Um dos alunos envolvidos sacou uma arma da mochila e ameaçou o estudante na frente das profissionais, que conseguiram acalmá-lo. Nenhum disparo foi efetuado, ainda segundo a Secretaria de Educação, a PM foi acionada e apreendeu o menor nas imediações. A segurança no local foi reforçada.

Na região de Campo Mourão, graças a atuação mais rígida da Polícia Militar, na prevenção de crimes, são raros os eventos envolvendo estudantes no interior de escolas. E quando acontecem, são geralmente de ‘menor gravidade’.

No dia 30 de março, por exemplo, um desentendimento entre dois alunos do Colégio Adaucto da Silva Rocha, inclusive com ofensas por meio de redes sociais, gerou temor nos pais e mobilizou a Polícia Militar.

Visando assegurar a tranquilidade da comunidade escolar na instituição, policiais militares estiveram no colégio, de forma preventiva, onde conversaram com a direção sobre o caso. A princípio, conforme a direção, ‘tudo não passou de boatos em grupos de Whatsapp’. Mas como o assunto se espalhou rápido, acabou preocupando os pais. Alguns preferiram até buscar os filhos no colégio na manhã daquele dia até a situação ser esclarecida. Um Boletim de Ocorrências foi registrado junto a PM.