Servidores de Campo Mourão aceitam proposta da administração municipal de reajuste salarial
Os servidores municipais, representados pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Campo Mourão (Sindiscam), e a administração pública chegaram a um acordo sobre a data-base 2025, nessa quinta-feira (20), no que diz respeito à questão salarial, cujo reajuste será de 5,06%. A decisão veio após aceite dos servidores em assembleia geral no final da tarde, no auditório do Sindiscam. Durante a manhã, integrantes do sindicato já tinham se reunido com o prefeito Douglas Fabrício e demais membros da administração para retomar as negociações. Com o vencimento da data-base no dia 30 deste mês, os reajustes tanto salarial quanto do auxílio-alimentação, o qual será de 18,18%, serão aplicados a partir de abril, sendo pagos retroativamente desde 31 de março.
A proposta foi acatada pelos trabalhadores com uma condição referente à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do município. “Após muita discussão entre os servidores, eles aceitaram a proposta da administração, desde que o município convide os servidores, através do Sindiscam, para participar da elaboração da LDO”, afirmou a presidente do sindicato, Josiane Flores Munis Silva.
Ela lembrou que as negociações começaram com uma reivindicação de 13% de reposição salarial, além de um aumento de R$ 260,00 no valor do auxílio-alimentação, que, se fosse acatado, passaria de R$ 550,00 para R$ 810,00, considerando a diferença entre o valor pago pela administração municipal e o oferecido por empresas públicas e terceirizadas para seus funcionários.

A primeira proposta da administração foi de um reajuste no salário de 4,5%, abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), além de um aumento de 5% no auxílio-alimentação, correspondendo a R$ 27,50, o que foi reivindicado pelos servidores.
Após intensas negociações, a reposição salarial foi ajustada para o valor de 5,06%, equivalente à inflação medida pelo IPCA, embora o percentual inicialmente proposto pelos servidores não tenha sido atendido. “Infelizmente não foi o proposto em assembleia (13%), mas houve um avanço”, declarou a presidente.
Sobre o auxílio-alimentação, o aumento foi mais significativo, passando de 5%, sugerido a princípio pela administração, para 18,18%, o que representa um acréscimo de R$ 100,00 no valor pago a todos os servidores ativos. “As pautas salariais foram vencidas, mas muitas outras continuam”, sinalizou Josiane.
Entre as demais solicitações, a categoria também pedia a criação de benefícios, como o auxílio-social para aposentados e o auxílio-deslocamento para servidores residentes em áreas afastadas do perímetro urbano, como no distrito de Piquirivaí, quilômetro 128, e na comunidade Barreiros das Frutas, locais que não têm acesso ao transporte público. Inicialmente, ambos foram negados.
No entanto, o Município comprometeu-se em realizar um estudo ainda neste ano para verificar a possibilidade de criação do auxílio-deslocamento. Apesar da negativa do auxílio-social, Josiane afirmou que o sindicato seguirá lutando para a sua criação. “Continuaremos os pedidos tanto para o Poder Executivo quanto para o Poder Legislativo, em forma de Indicação Legislativa, além de tentar em outras esferas apoio político para criação deste benefício”, comprometeu-se.
Quanto ao piso salarial do Magistério, que também fazia parte das reivindicações, ficou definido que esse item será tratado separadamente. Já em relação aos reenquadramentos, Josiane informou que a administração municipal demonstrou compromisso em analisar as demandas e realizar as alterações necessárias durante o atual mandato, com a participação do sindicato no processo.