Setor de bares e restaurantes de Campo Mourão terá perfil mapeado
Uma ação conjunta entre o Sindicato de Bares e Restaurantes de Campo Mourão, Sebrae e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, está lançando uma pesquisa inédita para mapear o setor. Nunca antes a cidade soube ao certo, os números do segmento. Os dados se mostram necessários para um planejamento no pós pandemia. “É importante que o setor também seja reconhecido para além do entretenimento, ou seja, como atividade econômica que envolve uma cadeia de fornecedores, prestadores de serviços, outros pequenos negócios e empregos. Conhecer seus números e aproximar o setor é importante para todas as instituições de apoio aos negócios, principalmente no pós-pandemia”, ressaltou o secretário Eduardo Akira Azuma.
A pesquisa foi elaborada com apenas oito perguntas e estará disponível numa ferramenta conhecida como GoogleForms. Ela será direcionada a todos os bares, lanchonetes e restaurantes de Campo Mourão. Para preencher o formulário, os empresários gastarão menos de dois minutos. “Desenvolvemos um questionário bem enxuto, mas importante. Em um mês, poderemos retratar o verdadeiro perfil do setor, mostrando dados que ressaltem o seu valor”, disse Michael Douglas Camilo, gestor do Sebrae.
O objetivo é identificar e quantificar empresas existentes na cidade. Qual o número de pessoas dependentes de cada uma. Assim como, aproximar o que elas representam na vida financeira do município. De acordo com informações, alguns restaurantes e bares de Campo Mourão são referência em gastronomia em toda a região. Chegando a atrair público de Maringá, Cascavel e Umuarama.
Afetado diretamente com as restrições da pandemia, o segmento faz parte da cadeia produtiva mais prejudicada no país. Aos bares e restaurantes, foram impostos horários diminuídos, quando não, obrigados a fechar. Também foram impedidos em comercializar bebidas alcoólicas. Possivelmente, a maior atração dos consumidores.
É fato também que grande parte da população brasileira, culturalmente, adotou o segmento como uma espécie de segunda casa. É comum, na história do país, a “cultura” dos bares e restaurantes. No entanto, em meio a pandemia e, sem maiores atenções dos governos federal, estadual e municipal, milhares encerraram as atividades. E, se não lacraram as portas, passam por extremas dificuldades financeiras. No Mato Grosso, por exemplo, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 9 mil estabelecimentos fecharam, o que corresponde a 24% de perda no setor.
Em Curitiba, até fevereiro deste ano, 75% das casas noturnas e 40% dos bares, decretaram falta de condições em continuarem abertos e fecharam. Naquele mês, os setores de gastronomia, entretenimento e eventos, realizaram protestos simultâneos em todas as regiões do Paraná, principalmente, contra as medidas restritivas impostas pelas prefeituras e Estado, durante a pandemia Covid-19.