Sindicato pede que prefeitura dispense servidor para trabalhar de casa
O Sindicato Profissional dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Campo Mourão (Sindiscam) encaminhou ofício nesta semana ao prefeito do município, Tauillo Tezelli (Cidadania), para que faça o fechamento dos órgãos públicos da administração direta, indireta, autarquias e Poder Legislativo pelo período de 15 dias, suspendendo o atendimento presencial ao público. O pedido é para que os servidores desempenhem suas funções de casa, de forma remota (home office).
O Sindiscam pediu que sejam mantidos apenas os serviços essenciais como atendimento de saúde; urgência e emergência; Ação Social para entrega de cestas básicas, acolhimento de pessoa em situação de rua , entre outros; e educação para distribuição do kit merenda escolar e leite das crianças. A justificativa é que com o aumento de casos de coronavírus (Covid-19), os servidores estão ficando muitos expostos, colocando em risco a sua saúde, já que com o atendimento presencial as chances de infecção aumentam.
A prefeitura ainda não se posicionou oficialmente sobre a reivindicação. Porém, o prefeito da cidade, Tauillo Tezelli afirmou que é ‘impossível’ atender o pedido e que continuará mantendo o atendimento presencial à população em turno único de trabalho, das 7h30 às 13 horas. “Primeiro que não tenho uma estrutura que propicie que todos os servidores trabalhem de casa. Já estamos fazendo um turno único de trabalho como medida de proteção dos nossos servidores. E aqueles que são do grupo de risco, como idosos e doentes crônicos, por exemplo, já estão em casa”, frisou. “É uma sugestão que não cabe neste momento. Estão em outro mundo”, emendou.
Além disso, segundo o prefeito, a medida poderá prejudicar quem procura atendimento na prefeitura. “Tem atendimento que não tem como ser feito pelo servidor de forma remota. A pessoa procura a prefeitura para retirar uma certidão, por exemplo”, observou. Tezelli acrescentou que o município teve que fazer a contratação de vários servidores terceirizados para a Ação Social e Saúde para complementar o quadro de servidores, devido ao fato de trabalhadores do grupo de risco afastados de suas atividades.
O Sindiscam reivindicou ainda ao município que faça o fornecimento de EPI’s (Equipamento de Proteção Individual) aos servidores que trabalham em atendimento presencial e aos que retomarem as atividades. “E que estes equipamentos obedeçam as recomendações técnicas da área de segurança e medicina do trabalho”, pediu o sindicato em ofício assinado pelo presidente Dione Clei Valério, que solicitou ainda a instalação de protetores de acrílico nas mesas de atendimento à população, para proteção do servidor.
Outros pedidos
A pauta de reivindicações do Sindicato inclui ainda: criação de protocolo claro e detalhado pela prefeitura e Câmara para prevenção e proteção dos servidores sobre Covid-19; fechamento de bares, restaurantes e similares, mantendo só o sistema de atendimento drive thru e delivery com funcionamento até as 23 horas; fechamento das atividades não essenciais por 15 dias; ampliação do número de ônibus no transporte público; número de profissionais que atuam na linha de frente do Covid-19; e diálogo com a Ordem dos Pastores e Cúria Diocesana sobre a importância de se manter o isolamento social.