Só com roupa do corpo, família com 6 crianças pede ajuda para recomeçar em Campo Mourão

Rua Adelino Constantino Miguel, nº 187, Jardim Aeroporto, Campo Mourão. Ali, em uma casa simples de madeira, reside a família do pedreiro Clésio Alexandre Santos, 34, que se mudou de Teodoro Sampaio, interior de São Paulo, há duas semanas para cá. Eles estão passando por um momento de extrema dificuldade. Estão praticamente só com a roupa do corpo, além de algumas peças para troca.

Hoje tem na casa só duas camas com colchões e outras duas armações só com a madeira, um armarinho, uma estante improvisada construída por Clésio, e um chuveiro elétrico. Tudo foi doado a eles. Para se ter ideia, não tem nem panelas para cozinhar. Aliás, eles também não têm alimentos. Pai e mãe estão desesperados, clamam pela ajuda da população com doações.

A esposa de Clésio, Rosangela Ferreira Chagas, 35, é do lar. Fica em casa para cuidar dos 6 filhos de 2, 4, 6, 8, 10, 12 e 14 anos. Três meninos e três meninas.

O pedreiro já não tinha uma vida fácil em São Paulo. Trabalhava no serviço pesado da lavoura, na retirada de mandioca. O serviço acabou por lá. Se viu obrigado a mudar-se a Campo Mourão, onde tem familiares. Já esperava dificuldades. Mas acreditava que não seria tanto assim.

Hoje a família precisa de tudo mesmo. De mais urgente necessitam de panelas, alimentos, roupas às seis crianças, materiais de limpeza e higiene, além de móveis, como fogão, botijão de gás, armário, geladeira, um colchão de casal e um de solteiro e cobertores. Além disso tem um pedido especial de uma das crianças: “uma televisãozinha pra gente assistir desenho’, falou.

Clésio está trabalhando atualmente. Disse que precisa da ajuda para se estabilizar. Com o dinheiro do trabalho vem conseguindo pagar os R$ 250,00 mensais de aluguel, entre outras necessidades mais básicas como água e luz. A casa onde reside a família é bastante simples. Aliás, está em condições ruins. Frestas por todo o lado, sem forro. E tomada por cupins. “Mas tem um telhado para nos proteger”, falou ele. A ideia, é achar um lugar melhor quando estiver estabilizado. “Nada de luxo, mas um lar minimamente mais confortável”, falou

O pedreiro disse que é de Campo Mourão. Mas deixou a cidade ainda aos três anos. Acompanhado da mãe, se mudou para São Sebastião, em Minas Gerais. Depois de um tempo foram a Teodoro Sampaio, onde conheceu sua amada. O casal então voltou para Minas, onde ficou por mais um tempo e retornou a Teodoro Sampaio. E agora vieram para Campo Mourão.

“Graças a Deus trabalho eu tenho. Mas como chegamos agora tudo é muito limitado. Dói no coração quando um dos filhos pede uma bolacha ou um Danone (iogurte) e não temos”, falou emocionado. Ele disse que a família está comendo na casa de familiares até conseguirem o básico para se ‘virarem’ em casa. “A família ajuda dentro no que é possível”, disse Clésio, ao comentar que só quer uma vida mais digna à família.

Serviço

Para quem quiser ajudar com doações de roupas às crianças, são 3 meninas de 2, 10 e 12 anos e três meninos de 6, 8 e 14 anos. Clésio e Rosangela também precisam de roupas.

Interessados podem levar as doações diretamente à casa do casal, na Rua Adelino Constantino Miguel, 187, Jardim Aeroporto. Podem ainda ligar para o telefone: (44) 9.9748-7012, falar com Daniele, que é vizinha. Ela iniciou uma campanha para ajudar a família. Bastante emocionada encontrou este que vos escreve e pediu ajuda para tornar pública a situação de dificuldade da família. “Eles não têm nada. Eu tenho filhos pequenos e fico pensando nas crianças deles”, disse a moradora aos prantos.