Sou Arte busca patrocínios para viabilizar projeto Cidade Natal

Com apenas quatro patrocinadores confirmados até agora, a coordenação da Associação Sou Arte de Campo Mourão está em busca de confirmação de novos apoios para viabilizar o projeto Cidade Natal, que tem projetado o nome de Campo Mourão nas festividades de fim de ano. Com a pandemia de Coronavírus que comprometeu seriamente a realização de eventos, as empresas estão inseguras em relação a execução do projeto. 

Em entrevista exclusiva à TRIBUNA, a coordenadora executiva da Sou Arte, Edilaine Maria de Castro, disse que é necessário captar pelo menos R$ 200 mil (cerca de 20 por cento do valor total) para iniciar o projeto. Ela descarta a possibilidade do projeto ser cancelado. “Estamos estudando alternativas para a realização diante de qualquer situação”, afirmou. Confirmaram patrocínios até agora a Unimed, A. J. Rorato, Paraná Supermercados e Coamo. 

Ela ressalta que o projeto ainda não sofreu alteração. “Estamos aguardando como estará a situação diante da Pandemia até o mês de outubro, para que a partir daí, possamos adaptar  as ações, caso seja necessário. De qualquer forma acreditamos que há a possibilidade em realizar o projeto, ainda que seja trabalhando com redução das atividades e até mesmo com restrição de público. A ambientação e os espetáculos, mesmo que virtuais, serão nossas prioridades”, informa.

A esperança da associação, que é responsável pela execução do projeto, é que até dezembro o município já esteja com medidas mais flexíveis para ações em espaço aberto. “O Natal é uma época muito mágica, necessária para renovar nossa fé, esperança e crença na humanidade e após um ano tão complicado, com tantas lutas e superações, é essencial para que possamos acreditar neste novo mundo que se inicia”, enfatiza.

Ela conclama aos patrocinadores confirmarem até início de outubro, mês em que devem ser elaborados os materiais gráficos. “Precisamos muito, principalmente os que já sinalizaram que estarão conosco mais este ano, façam o aporte do valor do patrocínio, mesmo porque algumas despesas já  existem e precisaremos cobri-las. Também é necessário contratar as equipes que estarão envolvidas na construção e execução do projeto”, explica.

“É muito angustiante e sofrido a gente programar um evento desse porte sem saber com quanto poderemos contar em valores financeiros. No ano passado já assinamos promissórias, colocamos o nosso nome como garantia, mas graças a Deus deu tudo certo”, disse ela. Em situação normal neste mês de agosto já deveriam estar ocorrendo as oficinas de circo, teatro e dança nos quatro colégios estaduais que participam do Cortejo Natalino, bem como iniciando os estudos e elaborações para produção dos carros alegóricos, espetáculo e levantamento de materiais e reformas necessários.  

Edilaine revela que desde meados de março toda a agenda de eventos da empresa até o mês de dezembro sofreu alteração. “Muitos foram cancelados, outros remanejados para 2021 e os eventos que são programados anualmente nem mesmo chegaram a ser negociados”, conta. A esperança, segundo ela,  é realizar até o final do ano algumas apresentações em outras cidades, como o Dia das Crianças e o Natal que sempre geram muito fluxo de trabalho. 

Sem eventos, os artistas do Sou Arte estão sobrevivendo de auxilio mensal, tentando criar possibilidades novas de ações de atividades através de lives, vídeos, entre outros. “Mas nada que se compara ao valor que necessitamos para manutenção da companhia”, completa.

Números

Em 2019 a receita total angariada para o projeto foi de R$ 957,6 mil, dos quais R$ 866,8 mil via patrocínios da Lei de Incentivo a Cultura (antiga Lei Rouanet) e outros R$ 90,7 mil de patrocínios diretos. O projeto envolveu 1.249 pessoas trabalhando diretamente. As apresentações foram realizadas no centro, no Lar Paraná e no Jardim Tropical.