Tempo seco aumenta em 5% o consumo de água em Campo Mourão
A falta de chuva e a baixa umidade do ar têm estimulado a população a consumir mais água em Campo Mourão. De acordo com a Sanepar, empresa responsável pelo abastecimento da cidade, neste mês de agosto, o consumo teve um aumento de 5% no município em relação a junho e julho.
A Sanepar informou que a média diária de consumo de água em Campo Mourão entre os meses de junho e julho era de 16,6 milhões de litros, porém, neste mês de agosto, devido à estiagem, saltou para 17,5 milhões. Os picos de maiores consumo são na segunda, sexta-feira e sábados, na parte da manhã até às 10 horas e das 16 às 20 horas.
De acordo com o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), há 50 dias não chove significativamente em Campo Mourão. E os prognósticos não indicam chuvas pelo menos para as duas próximas semanas. Ou seja, a estiagem deverá prevalecer nos próximos dias no município, o que deverá elevar ainda mais o consumo de água.
Apesar da situação, a gerente regional da Sanepar de Campo Mourão, Araceli Eliane Pendiuk Stela informou que no momento não há risco de desabastecimento ou racionamento de água no município, mas ela pede o consumo consciente. Como temos a estação de tratamento de água em Campo Mourão e o rio (Rio do Campo) volumoso devido a sua preservação não estamos tendo problema de desabastecimento, disse.
No entanto, segundo a gerente, algumas cidades abastecidas exclusivamente com água de poços já começam a enfrentar problemas relacionados a falta de água. Estamos com vários poços na região que diminuíram bastante o nível, afirmou.
De acordo com Araceli, é comum o aumento do consumo de água durante períodos mais secos. A recomendação é para que a população evite desperdícios. A Sanepar dá algumas dicas de economia ao consumidor como reduzir a lavagem diária de roupa, acumulando e usando a capacidade máxima da máquina de lavar; reaproveitar a água do último enxágue do tanque ou da máquina, que pode servir para regar jardim e grama, ensaboar tapetes, tênis e outras peças; usar água do tanque ou da máquina em que foi lavada a roupa para lavar calçadas e pisos ao invés de usar água limpa; e evitar lavar as calçadas com mangueira, o que gera o desperdício de água tratada, entre outras.
Veja mais algumas dicas para economizar água
* Adiar atividades como lavar cortinas, cobertores, tapetes, carro;
* Instalar caixa de água no imóvel;
* Reduzir o tempo no banho e fechar o chuveiro enquanto ensaboa o corpo. Com isso é possível economizar até 90 litros de água (banho de 5 minutos);
* Usar um copo com água para escovar os dentes;
* Verificar se não há ''ladrões'' de água em sua casa como torneira pingando, descarga desregulada, caixa d'água com bóia que não funciona;
* Se for indispensável lavar o carro, em vez de mangueira, use o balde.
Comunidades rurais de Iretama sofrem com seca
Algumas famílias que residem em comunidades rurais do município de Iretama já estão sofrendo com a estiagem prolongada que atinge a região. As nascentes de água (minas) estão secando em algumas localidades interrompendo o abastecimento.
Em alguns casos, até mesmo bebedouros de animais já estão secando. Para amenizar o sofrimento dos moradores, a prefeitura em parceria com a Sanepar está fornecendo água para consumo humano com caminhões pipas para abastecer as residências. É a única maneiras de estamos amenizando o sofrimento dessas famílias, comentou o secretário de Serviços Públicos de Iretama, Wilson Mamus.
Uma das comunidades mais afetadas até o momento é o Assentamento Muquilão, que agrega outras pequenas comunidades rurais. Vários agricultores desta localidade já procuraram a prefeitura solicitando ajuda para o fornecimento de água.
No assentamento fica localizada a comunidade 400 Alqueieres, que também está sendo afetada com a seca. Infelizmente é comum nesta época do ano faltar água potável nestas localidades, já que são abastecidas por minas, falou Mamus. A prefeitura está adquirindo um novo caminhão pipa para atender um número maior de moradores.
Na região de Iretama, a falta de chuva está prejudicando até mesmo o serviço de cascalhamento em estradas rurais. Como o tempo está muito seco o cascalho não ‘assenta’ na terra gerando transtornos aos usuários, já que a ficam soltos, tornando a via escorregadia.