TJ inaugura usina fotovoltaica e lança pedra fundamental do novo Fórum de Campo Mourão
O presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), desembargador Luiz Fernando Tomasi Keppen, inaugurou na manhã desta quinta-feira (12) a usina de energia fotovoltaica (energia solar) na Vila Guarujá, em Campo Mourão. A construção iniciou em junho de 2023. O investimento é de cerca de R$ 31,1 milhões. Na ocasião, o desembargador fez também o lançamento da pedra fundamental da construção do novo Fórum de Justiça da cidade, que atende à Comarca da região. Participaram da solenidade, juízes, promotores de Justiça e autoridades políticas, entre elas o deputado estadual e secretário do Turismo, Márcio Nunes; deputado estadual e prefeito eleito de Campo Mourão, Douglas Fabrício; prefeito Tauillo Tezelli, entre outros.
Com cerca de 10 mil placas solares, a usina fotovoltaica tem potência instalada de 5 megawatts (MW), uma produção que pode passar para 8 milhões de kWh por ano. A obra foi construída em uma área de 242 mil metros quadrados doada pelo município. As placas solares ocupam 50 mil metros quadrados do terreno e vão reduzir os gastos do poder judiciário do Paraná em cerca de 30% com eletricidade. A estrutura conta também com auditórios que receberão escolas e faculdades.
A energia produzida na usina geradora será transmitida para a rede da Companhia Paranaense de Energia (Copel), que irá usar o Sistema de Compensação de Energia Elétrica permitindo que a Justiça do Paraná gere sua própria energia através da geração distribuída e forneça o excedente para a rede de distribuição.
“É uma alegria muito grande para o Tribunal de Justiça do Paraná estarmos hoje [quinta-feira] em Campo Mourão para entregar estas duas grandes iniciativas do nosso Tribunal. A primeira, a usina fotovoltaica, vai ser responsável por mais de 30% de toda energia consumida pelo nosso Tribunal, o que significa mais economia para nosso Estado, mais sustentabilidade, enfim, um projeto que se integra a agenda 2020/2030 da ONU [Organização das Nações Unidas]”, frisou o desembargador Keppen, que já foi juiz na Comarca de Campo Mourão.
Sobre a construção do novo Fórum, cuja pedra fundamental foi lançada, o presidente do Tribunal afirmou que o prédio novo terá mais de 5 mil metros quadrados – o atual tem 1 mil metros quadrados. A licitação para a obra está em curso. “É uma nova estrutura com total acessibilidade e conforto para a população. A obra dará muito mais conforto e segurança a quem precisar da Justiça. Quero parabenizar o povo de Campo Mourão e região por esta grande conquista”, destacou.
O juiz Edson Jacobucci Rueda Junior, diretor do Fórum de Campo Mourão, afirmou que Campo Mourão recebe dois grandes presentes, se referindo à inauguração da usina de energia solar e à construção da nova sede do Fórum. “Fico muito feliz tanto pelo Fórum quanto por esta usina. O Fórum alcança a Comarca, mas a usina alcança todo o Estado. Campo Mourão passa a ser uma referência no Paraná em energia solar. Gostaria de agradecer ao nosso presidente [Luiz Fernando Tomasi Keppen] por ter investido neste projeto na sua gestão”, falou, ao lembrar que a usina fotovoltaica do Tribunal de Justiça no município é a maior já construída por um órgão público no Estado do Paraná.
Rueda Junior ressaltou que, além de reduzir as despesas com os gastos de eletricidade, a usina atende ao programa “Paraná Energia Sustentável”, um compromisso do Tribunal com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, definidos pela ONU.
O prefeito de Campo Mourão, Tauillo Tezelli, destacou a importância da usina. Ele lembrou que, na época, ficou sabendo do interesse do Tribunal de Justiça na construção da usina em outra região. “Fomos até Curitiba, oferecemos o terreno, que foi aprovado pelo TJ para mais essa obra em nossa cidade”, disse. Além da geração de empregos na construção, a usina vai gerar ICMS para a cidade. “E ainda será uma referência como centro de estudos e pesquisa para nossos acadêmicos”, falou o prefeito.
Tezelli comentou também que a construção da usina incentivou o município a iniciar estudos para implantar uma usina de energia solar para abastecer os prédios públicos de Campo Mourão. “O investimento levantou interesse também das universidades para estudos. Ou seja, Campo Mourão começa a ser uma referência para o Paraná”, acrescentou.
Novo Fórum
O novo Fórum de Justiça de Campo Mourão terá uma área construída de 5 mil metros quadrados. O investimento deverá atingir os R$ 36 milhões. O Fórum será construído em área doada pelo município no Residencial Parque do Lago. Com a construção, o prédio do atual Fórum deverá ser usado pela prefeitura para abrigar secretarias municipais atualmente instaladas em imóveis alugados.
A construção do novo Fórum em Campo Mourão é uma reivindicação antiga. Mas apenas em 2017 o Tribunal de Justiça do Paraná deu sinal verde ao município para a obra. Técnicos do TJ já vieram por várias vezes à cidade verificar os terrenos indicados pela prefeitura para a obra, escolhendo a área de 6 mil metros quadrados no Residencial Parque do Lago.
O Fórum da Comarca foi construído há mais de 40 anos e atualmente não suporta a demanda. Outra necessidade é que, com o término da construção do presídio no município, a cidade pode ter, por exemplo, a instalação da Vara de Execução Penal, mas com a estrutura atual do Fórum isso pode ser prejudicado devido à falta de espaço físico. Há também um pleito da Comarca para instalação de uma Vara da Fazenda Pública, o que esbarra nas condições físicas da atual estrutura.
Tezelli destacou a importância da construção do novo Fórum no município. Segundo ele, entre as principais vantagens com o investimento estão espaço mais adequado para atender melhor a população, preparação do município para receber as novas varas que virão – Execuções Penais e Fazenda Pública- e a possibilidade de o prédio do Fórum ser cedido ao município para instalação das secretarias municipais, gerando economia aos cofres da prefeitura.
Para se ter ideia, de acordo com o prefeito, o município poderia economizar mais de R$ 1,5 milhão por ano com aluguel, transferindo as secretarias municipais para a sede do Fórum atual. Isso sem falar que o município vai receber também mais profissionais como juízes, promotores, entre outros, observou. “Hoje, a construção de um novo Fórum para o município é uma questão de necessidade. Nosso Fórum já foi construído há mais de 40 anos e não tem mais condições de atender o jurisdicionado. Além de falta de espaço, enfrenta também problemas estruturais”, ressaltou.
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