Viagens de ônibus diminuem cerca de 40% em Campo Mourão
Embora os embarques e desembarques na Rodoviária de Campo Mourão neste fim de ano tenha aumentado cerca de 40%, se comparado com o mesmo período de anos anteriores o movimento caiu na mesma proporção. É o que constata a empresa Aterfi, que administra o terminal.
“O movimento aqui às vésperas do Natal e Ano Novo de 2017 e 2018 era praticamente o dobro que estamos vendo hoje”, disse o fiscal da Aterfi, Adilson Fidelis, um dos 15 funcionários da empresa que trabalham no terminal. Segundo ele, a maior procura é para viagens a Florianópolis, seguidas de São Paulo e Curitiba.
O reflexo na procura por táxis confirma a informação da empresa. “Diminuiu muito sim. Em relação a 2017, por exemplo, caiu pela metade. A procura por táxi aqui na rodoviária vem caindo ano a ano”, disse Carlinhos Pires, que atua no ramo desde 1970. Para ele, a facilidade em adquirir automóveis, caronas e a entrada de corridas por aplicativos ajudaram a reduzir o movimento.
Segundo ele, há três anos não é aumentado o valor da corrida (R$ 2,50 por quilômetro) e este ano a Associação também não pediu aumento para não cair ainda mais a procura. “Com o preço baixo já está fraco, imagine se subir”, observa o taxista. Atualmente 48 táxis estão legalizados para atuarem no município.
O empresário Sidnei Meneguel e a filha Maria Laura desembarcaram na manhã desta segunda-feira (30), vindos de Santa Catarina para comemorar o ano novo com a mãe e irmãs em Campina da Lagoa. “São quase 500 quilômetros de viagem, o que é cansativo para dirigir, por isso optamos pela viagem de ônibus que está cada vez mais confortável”, justificou o passageiro, enquanto aguardava o ônibus para a Campina da Lagoa.
Segundo o fiscal da Aterfi, o maior fluxo de passageiros na Rodoviáaria é registrado a partir das 18 horas. “As 15 empresas que atuam aqui colocaram ônibus extras, mas em anos anteriores o movimento era maior. Este ano talvez pelo fato dos feriados de Natal e Ano Novo terem caído no meio da semana”, pondera.
Neste ano o terminal rodoviário recebeu reformas, depois de muitas críticas de passageiros em função da precariedade da estrutura. Além de pintura, foi trocada a estrutura metálica que estava enferrujada, feitas demarcações, pintura de meio fio, troca de torneiras, espelhos, placas informativas e especialmente a extinção da taxa para utilização dos banheiros do terminal, que chegaram a ficar interditados. O contrato de concessão da empresa com o município vai até 2021.
Linha aérea Campo Mourão-Curitiba
teve aumento de passageiros
A previsão de que a chegada do fim do ano aumentaria a procura pela linha aérea entre Campo Mourão e Curitiba foi confirmada. Inaugurada no dia 22 de outubro, o movimento começou fraco nas primeiras semanas, mas teve significativo aumento a partir da segunda quinzena de dezembro. “A média tem sido de 6 a 7 passageiros, tanto na ida quanto na volta”, disse o agente de passagens Caio Felipe Carnelutt.
Na manhã dessa segunda-feira (30), a aeronave, com capacidade para 9 passageiros, decolou lotada do Aeroporto Geraldo Guia de Aquino. “A viagem aérea, principalmente se a passagem for comprada com antecedência, é compensadora”, analisa o agente. Como exemplo ele citou o caso de um passageiro que pagou R$ 800,00 (ida e volta) numa viagem a Recife (PE).
Segundo ele, a maioria dos passageiros viaja de férias para o Nordeste do país e utiliza o vôo com conexão em Curitiba. A aeronave é um Cessna Grand Caravan e pertence a Empresa Two Flex, com quatro voos semanais entre Campo Mourão e Curitiba (segunda, terça, quinta e sábado), sempre as 7h20. Os voos de volta são às segundas, quartas, sextas e domingos), com saída de Curitiba as 20h30.
A linha foi viabilizada pelo governo do Paraná através do Programa Voe Paraná, desenvolvido em parceria com a Empresa Gol Linhas Aéreas, que paga a viagem à empresa Two Flex. No aeroporto de Campo Mourão é feito apenas o check-in. As passagens são vendidas pela internet, na página da Gol. O tempo de voo até o Aeroporto Afonso Penna, em São José dos Pinhais, é de 1h20.