29 anos é tempo

O tempo que passa não passa depressa. O que passa depressa é o tempo que passou.

Vergílio Ferreira – escritor

            O tempo não é invenção humana. É âmago da natureza.

            O homem marca o tempo visível. Da ampulheta à cronometria.

            Tempo, duração efêmera, longa, perdura. Contínua, descortina.  

            Perdemos tempo não ganhado. Ganhamos tempo perdido.

            É construção, demolição. Erigido firme, ruína.

            Foram todos os tempos. Não são mais. Mais são. Serão.

            Tempo inscrito. Escrito no tempo.

            Caso e acaso. Coisa, causa, causo.

            O tempo agora 29 anos. 10 de julho:

            Desta Coluna sem lacuna. Com alcunha. Cunhada em tempos. 

            Ela é temporal e atemporal. Passadas. Quiçá inçadas por quem leu.

            Tempo manifesto, o permanente reconhecer. 

            Graças para e a cada ledor. Leitor no eito do texto, palavras semeadas.

            Textos a florescer. Contextos a frutificar.

Fases de Fazer Frases (I)

            Direis que ireis? Dirás que irás? Digamos, iremos. Sem irarmos.

Fases de Fazer Frases (II)

            Separar bem ideias é o melhor argumento para juntá-las.  

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)

            O selo comemorativo dos 70 anos de Campo Mourão começou a ser colado nas correspondências, está à venda nos Correios. Registro a lembrança feita pelo historiador Jair Elias dos Santos quanto a este escrevinhador como autor da lei municipal que instituiu tal selo a cada década. A ocasião era os 50 anos de autonomia mourãoense. Coincidência ou não, o selo dos 70 tem a mesma pessoa como prefeito, Tauillo Tezelli.

            Dois fatos valem recordar resumidamente. No selo dos 50 anos muitos estabelecimentos comerciais, públicos e demais espaços, a logomarca foi desenhada. Outro fato, a cervejaria Schincariol colocou gratuitamente o selo no rótulo das garrafas. O lançamento foi na Associação Comercial e Industrial de Campo Mourão – Acicam. Tudo à altura do então meio século. 

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)

            Não é crítica à própria Tribuna, ocorreu, aliás, é raro. Na edição anterior o conteúdo desta Coluna foi publicado mas sem o título dela. Constou como TRIBUNA LIVRE. Pelo menos um leitor do Jornal sabia tratar-se deste escrevinhador. Dilmar Antonio Peri, gerente de produção da CrediCoamo, ao registrar o elogio à Coluna pela homenagem ao pioneiro mourãoense Joel Albuquerque, (JOEL TRIGUEIRO).      

Caixa pós-tal

            Além do Dilmar, citado no subtítulo acima, outro leitor assíduo é Valdir Rocha, funcionário da Caixa Econômica Federal. Ele é importante referência da nossa cultura como ator profissional.      

Reminiscências em Preto e Branco (I)

            Há 29 anos, (texto que abre o espaço de hoje) despretensiosamente no sentido de sem querer e espontaneamente, começou esta Coluna: 10 de julho de 1988. O texto de estreia foi sobre o pioneiro de Campo Mourão Avelino Piacentini, que morreu no dia quatro. Este espaço passava a abordar outros temas, sem deixar de prestar tributo a entes queridos da nossa terra.

Reminiscências em Preto e Branco (II)

            Para o texto chegar até aqui, ele era entregue diretamente na redação ou vinha por carta, depois encomenda, telex e fax. Antes só aos domingos e bissemanal. Jornal impresso em preto e branco, reminiscências. Agora a ultrapassagem do tempo é a velocidade colorida, instantânea.      

Reminiscências em Preto e Branco (III)

            O título da Coluna foi posto pelo Jornal. JOSÉ EUGÊNIO MACIEL ficou assim nominado. À TRIBUNA DO INTERIOR  e aos caros leitores do Jornal, a minha gratidão. Sempre!                   

Reminiscências em Preto e Branco (IV)

            Quem vende queijo e vaca não tem, de algum lugar o leite vem, falava o saudoso Antônio Skowronski, pioneiro mourãoense, tornado saudade há seis anos. O filho dele, que foi vendedor de pastel, carteiro e vereador, hoje advogado, herdou do pai o gosto pelos ditados, e Izael tem o dele: o que abunda não prejudica. (Escrito não gera dúvida, só oralmente: a bunda). Claro, Izael nunca quis gerar dupla interpretação. Ironia à parte, somos amigos dos tempos de meninice.