Caminho e modo de caminhar novos

O grande isolamento é cerca-se daqueles que pensam igual a você”.

Hannah Arendt

Todos os caminhos são conhecidos. Conhecidos por aqueles que já caminharam por todos eles. Seriam os caminhos também conhecidos pelos que ainda neles propriamente não andaram?

Os caminhos conhecidos são previsíveis. Por eles percorrem os habituados ao percurso. Não é exagero considerá-los monótonos. Mesmo quando o nosso olhar se predispõe a ver com outros olhos esses mesmos caminhos.

Preferir os caminhos velhos é por costume, comodidade, não abrir mão da segurança, certeza de chegar são e salvo.

Mas existe um tipo de caminho que precisa ainda ser aberto. Um caminho novo que só pode ainda ser inteiramente desconhecido em razão comparativa aos caminhos de há muito sabidos.

Trata-se do caminho do conhecimento. Abrir caminho como quem adentra uma densa selva, de início fazendo picada, que é caminho estreito ante ao desconhecido, mas que, ao mesmo tempo, vai se descortinando e se tornando palpável.

Sem desmerecer os conhecidos caminhos, mas ir ao encontro dos novos percursos, ainda latentes apenas na imaginação e desejo, é aventura necessária da descoberta, do ainda vir a ser.

Os velhos caminhos, que não precisam necessariamente serem deixados de lado, são zonas de conforto, criam vícios, são repetições.

Um dia, cedo ou tarde, os filhos deixam os caminhos outrora seguros traçados pelos pais quando todos juntos andavam na mesma direção e do mesmo modo. Eles outrora segurando pelas mãos os filhos nos primeiros e determinantes passos para a vida, no equilibrar-se ante os primeiros caminhos.

Como na canção de Eramos Carlos, “hei mãe, você já fez a sua parte me pondo no mundo, a barra tá pesada, mãe, e nos meus planos não estão você”.

Caminho novo é conhecer pessoas que nunca vimos ou que diante delas não percorremos maneiras novas de abordá-las.

É sentir desafiado, instigado com os novos horizontes.

O poeta e escritor Fabrício Carpinejar dá bem a ideia, concepção desses caminhos prontos, ainda para serem descobertos com o próprio caminhar:

“Perder-se é uma maneira de fazer novos caminhos e quebrar a rotina. Ninguém acha um atalho sem se perder antes”.

Fases de Fazer Frases (I)

Diz ponha. Disponha.

Fases de Fazer Frases (II)

Nada de confusão com a palavra efusão.

Fases de Fazer Frases (III)

O improviso é sempre sem aviso.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)

Agradeço de coração a publicação da análise tão rica em sua coluna tradicional. O seu nome e trajetória cultural, bem como a história do Jornal Tribuna do Interior respaldo o livro ‘Eu tenho história para contar’, incentivando novas publicações”, escreveu o Silvio Walter, se referindo ao texto principal desta Coluna, na última edição.

E o irmão dele, mencionado no citado Artigo, também se manifestou, “Acabo de ler a coluna sobre o livro do meu irmão…Muito legal seu artigo. Obrigado pela citação elogiosa ao meu nome. Parabéns pelos 36 anos! Silvio e Sid Sauer, não carece agradecer, o meu registro é justo a ambos, merecidamente.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)

Mais uma morte no trânsito mourãoense. Mais uma vez o motorista foge sem prestar socorro. Foi atropelada uma idosa de 79 anos, Eulina Ramalheira de Morais, socorrida por populares, que nada puderam fazer.

Tudo será apenas estatística? Se identificado o motorista, será a mesma lenga-lenga, de tomar remédio e assim tentar se esquivar da responsabilidade?

Olhos, Vistos do Cotidiano (III)

São 28 os patrocinadores do Operário de Ponta Grossa, que vai bem na série B. O time de futebol arrecada cerca de 700 mil reais por mês de publicidade. Mas tem torcedor reclamando de tanto patrocínio na camisa. Reclamação injusta, pois é o patrocínio que viabiliza o time centenário, conhecido como Ferroviário, o Fantasma.

Farpas e Ferpas (I)

A inocência já nasce morta.

Farpas e Ferpas (II)

Paciência é virtude que não espera.

Farpas e Ferpas (III)

A loucura não é destino, é desatino.

Sinal Amarelo (I)

A prudência é uma ciência que falta quando não há consciência.

Sinal Amarelo (II)

Não se inquiete com o silêncio alheio.

Trecho e Trecho

Quem quiser ser líder deve ser primeiro servo. Se você quiser liderar, deve servir”. [Jesus Cristo].

Tornou-se aterradoramente claro que a nossa tecnologia ultrapassou a nossa Humanidade”. [Albert Einstein].

Reminiscências em Preto e Branco

Na tardança do tempo a pele se enruga, abrindo sulcos, fazendo com que as lágrimas demorem um pouquinho mais para escorrerem por todo o rosto.

José Eugênio Maciel | [email protected]

* As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do jornal