Dar nome, indicar, ser

“Não importa o nível de complexidade de uma frase ou um texto. O que conta é o quanto aquilo atingiu profundamente uma pessoa. O quanto as palavras, por mais simples que sejam, 
ecoam verdades a quem as leiam. Eu não escrevo para me expressar de modo 
bonitinho, impecável; porém, sim, para pôr o que eu sinto pra fora. 
O que eu tanto guardo para mim, mas por pouco tempo, pois sinto uma incontrolável 
necessidade e satisfação em recriar meus pensamentos, colocando-os em escrito
e revivê-los para além de mim; para muito além do que eu poderia imaginar. 
Não sei ao certo quantos acompanham o que escrevo, mas sou muito grata 
a cada um, e se ao menos eu conseguir levar um pouco de conforto, 
reflexão e paz a quem precisar naquele momento, ganho o mais 
belo presente de todos: o retorno positivo de todo o amor que 
deposito em cada palavra, linha e parágrafo. 
Portanto, ofereço minha gratidão eterna a quem me lê, curte, 
comenta e compartilha! A quem participa lindamente da 
minha humilde e sincera liberdade de expressão. 
O prestígio dado por vocês a mim enche meu coração de alegria! 
Meus amigos leitores são maravilhosos!”
Anônima

O primeiro texto do retorno desta Coluna, após o necessário e impostergável tratamento de saúde, que prossegue, – intitulado Ela de volta, escrevinhador também – informa sobre a mudança gráfica do título que inicia o conteúdo deste espaço. Apenas informei sem justificar e explicar.

E, creia o caro leitor, ou não, na Coluna anterior, faltou mesmo espaço, o tempo estava no último minuto para enviar o texto, a restar revisar e mandar, celeremente. Assim foi: o Título não é tudo. Nada sem ele.

Título é indicação, informação, é dar nome a um texto. Título é síntese do que contém o texto, resumo que, além de orientar quem recebe a mensagem, seja capaz de chamar a atenção para toda a leitora. Serve o título como ideia-chave; ou o oposto, quase que um enigma, mistério mas não necessariamente seja difícil de entender.

Aqui não terá mais título todo maiúsculo, uma vez que, sendo ele em negrito, já deve por si chamar a atenção por estar em destaque.

Antes era como se o escrevinhador tivesse berrando nos ouvidos do caro leitor, só não pior se contivesse no título uma ou mais pontos de exclamação. É como se a expressão fogo fosse escrita em negrito e com exclamação. A palavra em si é chama (não do verbo chamar, embora indiretamente também o seja) mas como labareda.

O que deve atrair o receptor é o título e o conteúdo dele, não as letras garrafais ou o negrito. Nada de grito para o mensageiro, seja ele quem for, caro leitor.

Fases de Fazer Frases (I)
Atacar moral alheia é até fácil. Arcar, reparar o dano, não.

Fases de Fazer Frases (II)
É preciso enxergar para ver o olhar que cega.

Fases de Fazer Frases (III)
Tem contido que é ou precisa ser contido.

Fases de Fazer Frases (IV)
Nem todo fato é fátuo.

Fases de Fazer Frases (V)
Querelas? É bom não querê-las.

A nossa Língua Portuguesa tem peculiaridades como no seguinte título, última segunda, página virtual da Jornal Folha de S. Paulo: “P. Silva e artistas regravam versões inéditas de músicas de Cazuza“. Regravar é gravar de novo. Regravar é também regulamentar novamente; dirigir e o sentido de regras.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Coincidentemente este subtítulo tem relação com o de cima (I), relativo ao mesmo Jornal, no mesmo dia na mesma página virtual: Advogado deixa defesa de Mauro Cid, suspeito em esquema de joias sob Bolsonaro. Suspeito dá margem para outra ou dupla interpretação, embora correto o termo suspeito poderia ser levado como referente ao advogado, quando é pertinente ao militar.

Farpas e Ferpas
Gato engata na gata.
Gata engata no gato.
Gatos engatados.
Gatas engatadas.
Todos gatos engatados.
Todas gatas engatadas.
Atos das gatas e gatos engatados.
Gatas e gatos atados.

Sinal Amarelo
“Nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?”, é o dito popular. Pergunta ao galo.

Trecho e Trecho
“Tire o seu sorriso do caminho/ Que quero passar com a minha dor/ Hoje para você eu sou espinho/ Espinho não machuca a flor”. [Nelson Cavaquinho].
“Eu daria tudo que eu tivesse/ Pra voltar aos dias de criança/ Eu não sei pra que a gente cresce/ Se não sai da gente essa lembrança […]. Eu era feliz e não sabia”. [Ataulfo Alves].

Reminiscências em Preto e Branco (I)
Na tardança da vida, o tempo passa e ultrapassa.

Reminiscências em Preto e Branco (II)
O verdadeiro contador de histórias não conta o tempo, mas é ele o faz de conta do tempo e o que ele conta.

José Eugênio Maciel | [email protected]

* As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do jornal